Dei muita sorte esse mês. O sorteio me foi bastante gentil e por isso consegui num mesmo mês analisar Meu Amigo Harvey (um tremendo cult), A Malvada (a quintessencia de Bette Davis) e Crepusculo dos Deuses (assumindo para todos aqui: meu filme favorito de todos os tempos).
Exatamente por Crepúsculo dos Deuses ser meu filme de cabeçeira é muito injusto tentar analisar os méritos dos demais, pois minha relação é bastante passional com o filme, que foi o primeiro filme em p&b que vi na minha vida. Lembro até hoje, tinha uns 8 ou 9 anos, e a imagem de Gloria Swanson descendo as escadas ficou na minha cabeça, mesmo que na época não fizesse a menor idéia do título que estava vendo. Depois vi outro clássico "O que Terá Acontecido a Baby Jane?", um dos filmes que mais me apavoravam quando era mais novo, e minha "paixão" por Bette Davis teve início.
Portanto analisar Davis e o filme de Wilder foi um tarefa hérculea. Tentar me distanciar emocionalmente e analisar de maneira fria e mais objetiva foi um tremendo exercício que o blog me proporcionou. Espero ter conseguido ser objetivo, analitico e ainda sim transmitir emoção a quem leu.
O Oscar de 1951 foi especial por confrontar esses dois dínamos do cinema, essas duas marcas imortais num mesmo palco. Curiosamente nem Davis nem Swanson levaram o Oscar de atriz. Para mim, Swanson teoricamente levaria vantagem, pois nunca tinha levado um Oscar, era um "comeback", seu personagem era dramático e perturbado, enfim tudo o que a Academia adora. Davis, já vencera uma vez, tinha um papel dúbio nas mãos (que em mãos menos capazes talvez transformaria o personagem em alguém bastante detestável ) e conseguiu um de seus maiores momentos nas telas.
Quem deveria vencer?
Pensei muito e daria o prêmio a Swanson. Apesar de adorar Davis, acho que nesse trabalho (e o prêmio avalia o trabalho e não a carreira) Swanson atingiu o ápice de seu carreira e por isso deveria receber o prêmio.
Na categoria filme, honestamente, prefiro me abster. Analisar com sobriedade os aspectos técnicos dos filmes me fariam entregar de bandeja o prêmio a Crepúsculo, porém o texto de A Malvada é ferino, ácido e muito bem interpretado. Se a perfeição estetica do filme de Wilder fosse mesclado com o birlhantismo do texto de Mankiewicz teriamos um "combo" invencivel. Mais isso fica pro sonho. Na realidade a Academia preferiu o texto. Merecido. Mais se Wilder levasse também seria.
Exatamente por Crepúsculo dos Deuses ser meu filme de cabeçeira é muito injusto tentar analisar os méritos dos demais, pois minha relação é bastante passional com o filme, que foi o primeiro filme em p&b que vi na minha vida. Lembro até hoje, tinha uns 8 ou 9 anos, e a imagem de Gloria Swanson descendo as escadas ficou na minha cabeça, mesmo que na época não fizesse a menor idéia do título que estava vendo. Depois vi outro clássico "O que Terá Acontecido a Baby Jane?", um dos filmes que mais me apavoravam quando era mais novo, e minha "paixão" por Bette Davis teve início.
Portanto analisar Davis e o filme de Wilder foi um tarefa hérculea. Tentar me distanciar emocionalmente e analisar de maneira fria e mais objetiva foi um tremendo exercício que o blog me proporcionou. Espero ter conseguido ser objetivo, analitico e ainda sim transmitir emoção a quem leu.
O Oscar de 1951 foi especial por confrontar esses dois dínamos do cinema, essas duas marcas imortais num mesmo palco. Curiosamente nem Davis nem Swanson levaram o Oscar de atriz. Para mim, Swanson teoricamente levaria vantagem, pois nunca tinha levado um Oscar, era um "comeback", seu personagem era dramático e perturbado, enfim tudo o que a Academia adora. Davis, já vencera uma vez, tinha um papel dúbio nas mãos (que em mãos menos capazes talvez transformaria o personagem em alguém bastante detestável ) e conseguiu um de seus maiores momentos nas telas.
Quem deveria vencer?
Pensei muito e daria o prêmio a Swanson. Apesar de adorar Davis, acho que nesse trabalho (e o prêmio avalia o trabalho e não a carreira) Swanson atingiu o ápice de seu carreira e por isso deveria receber o prêmio.
Na categoria filme, honestamente, prefiro me abster. Analisar com sobriedade os aspectos técnicos dos filmes me fariam entregar de bandeja o prêmio a Crepúsculo, porém o texto de A Malvada é ferino, ácido e muito bem interpretado. Se a perfeição estetica do filme de Wilder fosse mesclado com o birlhantismo do texto de Mankiewicz teriamos um "combo" invencivel. Mais isso fica pro sonho. Na realidade a Academia preferiu o texto. Merecido. Mais se Wilder levasse também seria.
Por: Alexandre Landucci