sábado, 30 de janeiro de 2010

Oscar 1942 - Como Era Verde Meu Vale ou Cidadão Kane? Parte 2


Dos autores do blog, acho que fui o que assistiu a menos filmes. Consegui assistir a apenas 2 filmes da lista, pelo menos foram os dois principais: “Cidadão Kane” e “Como Era Verde o Meu Vale”. Foi difícil escolher o que mais gostei, pois os dois foram de meu agrado.

Demorei um pouco para assistir a Cidadão Kane, pois uma pessoa a quem dou muito crédito, me disse que este era um filme com ritmo lento aconselhado para noites insones. Ao assistir ao filme, felizmente tive de discordar de tais palavras. O filme de Welles me agradou em especial pela narração não linear e a forma como tudo acabava se encaixando. Algumas atuações também me impressionaram bastante.

Mesmo sendo um bom filme, seu concorrente: “Como Era Verde o Meu Vale”, a meu ver, consegue se sobressair. É uma história até certo ponto “comum”, mas contada de forma magnífica, baseando-se nas memórias do pequeno Huw Morgan. Porém, o garoto não é o único foco do filme; vemos no filme os costumes que havia no vale e em especial as histórias da família Morgan. Meus olhos se encheram de prazer ao ver a grande atuação da Maureen O’Hara em seu romance com o Sr. Gruffydd.

Entendo as dificuldades que estavam tendo naquela época e admiro o Orson Welles por ter conseguido fazer um filme da qualidade de “Cidadão Kane”, mas minha escolha fica com “Como Era Verde o Meu Vale”. Pelos comentários dos colegas do blog, tenho certeza que os outros filmes indicados me trariam mais algumas gratas surpresas, mas espero que nos próximos meses possa assistir um maior número de filmes. E como disse o Marcelo: Que venha 99!

Por: Levi Ventura

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Não resta dúvidas de que a cerimônia de 1942 apresentou memoráveis indicados e fez história ao criar uma polêmica marcante e eu vou ater minha opinião exatamente nesse ponto. Hoje, Cidadão Kane é um filme cultuado, tratado com imenso respeito, porque revolucionou a história do cinema ao apresentar uma cinebiografia fora dos padrões até aquele momento. A sua não-linearidade provoca no espectador um impacto muito positivo: primeiro o espectador conhece "quem é" Charles Foster Kane para depois descobrir "como ele se tornou" o grande magnata que é. Como o Marcelo disse em sua opinião, "toda a inovação que se atribue ao longa de Welles só pôde ser notada anos depois"

Como Era Verde o Meu Vale é um filme com tom emocional mais propício para aproximar o espectador da história e não possui o tom jornalístico usado em Cidadão Kane. Dessa maneira, é inegável que quem veja se identifique mais com o filme de John Ford. A direção concebe um "efeito família", de modo que se torne mais fácil vê-lo, principalmente pelo fato de que há toques emotivos - menos ousado - e valores morais bastante respeitados na época e que, embora não estejam em voga, ainda existem hoje, como apego à família, respeito ao casamento, etc.

Então, considerando as características de cada filme e analisando o efeito que causaram em mim, acredito que Como Era Verde o Meu Vale realmente mereceu o prêmio. A consagração de Cidadão Kane veio muito depois, com análises mais frias e mais conceituais, mas à época - e talvez ainda hoje - Como Era Verde Meu Vale fez por merecer o prêmio que recebeu, se colocando à frente de todos os outros filmes que concorreram com ele.

Por: Luís Adriano

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Oscar 1942 - Como Era Verde Meu Vale ou Cidadão Kane? Parte 1


O que se passa na cabeça dos membros da Academia? Não dá para saber. O fato é que o Oscar, às vezes, é um prêmio estranho – que nem sempre para nas mãos daqueles que realmente merecem. Um exemplo clássico disso é Rocky, Um Lutador que, na premiação de 77, desbancou filmes como Taxi Driver, Rede de Intrigas e Todos Os Homens do Presidente. Mas o que isso tem a ver com o Oscar de 42? Tudo. Quando escolhemos a 14ª Edição dos Prêmios da Academia, nossa principal motivação foi o fato de Cidadão Kane ter disputado, nesse ano, a estatueta de melhor filme e perder para “Como Era Verde O Meu Vale”. Em 1998, o American Film Institute elegeu o primoroso trabalho de Welles como o maior filme de todos os tempos. Há controvérsias. Uns defendem o título com unhas e dentes, culpam uma suposta pressão da imprensa para que ele não fosse premiado com o Oscar; outros pensam que há filmes tão bons quanto e até melhores.

1942 foi um ano difícil, essa que é a verdade. De todos as dez produções indicadas à categoria de Melhor Filme, apenas não assisti à Suspeita, A Porta de Ouro, Que Espere o Céu e Com o Pé no Céu. Todos os outros seis se revelaram, para mim, grandes surpresas. Poderia destacar Pérfida, uma pequena obra-prima de Willian Wyler, talvez subestimada por muitos, ou Sargento York, com o carisma inconfundível de Gary Cooper, mas pretendo não fugir da principal questão: Como Era Verde o Meu Vale ou Cidadão Kane? Fico com Como Era Verde Meu Vale e acho que, naquele momento, ele foi o filme que realmente mereceu ser premiado. Para mim, toda a inovação que se atribue ao longa de Welles só pôde ser notada anos depois. É assim que acontece com aqueles que ousam. Num primeiro momento são incompreendidos e anos mais tarde, aclamados. Também acho que a situação que o país atravessava, com a Segunda Guerra no auge, contribuiu para a premiação de How Green Was My Valley. Jonh Ford contou uma história bonita, recheada de valores como famíla e amizade. Resumindo: um filme tocante, muito mais interessante de ser premiado naquele momento.

E é isso aí. Eu fecho com ele e não abro. Tecnicamente, o filme de Welles está mesmo à anos- luz da produção de Ford. Como Era Verde O Meu Vale soa, às vezes, um tanto quanto datado, maniqueísta e cheio de clichês. Mas a mim, me tocou profundamente. Com certeza, as memórias de Huw Morgan e do seu vale, estão entre os quinze, talvez, dez mais da minha vida. Pois é. Outras discussões do gênero virão. Moulin Rouge ou Uma Mente Brilhante? Judy Holliday ou Gloria Swanson? Frank Capra ou Willian Wyler? A galera do Um Oscar do Mês está aqui para o que der e vier. E que venha 99!

Por: Marcelo Antunes

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Nem bem começamos essa maratona Oscar e já aprendemos tanta coisa sobre o mundo do cinema. E logo de cara, já conheci filmes incríveis... Infelizmente não consegui assistir a todos os indicados nessa edição do Oscar, pois alguns não foram possível encontrar; mas dos que assisti, cada um conseguiu a sua maneira, ganhar minha admiração. E aí que tudo complica, porque, como escolher o melhor? Todos tem seu mérito por estar entre os indicados. Seja ele uma super produção - para época - como "How Green Was My Valley" ou até mesmo um filme do gênero noir como "Relíquia Macabra" - Aliás, primeiro noir que vejo.

Para mim, Pérfida foi a grande surpresa entre os filmes indicados. Achei que, comparado aos outros, ele é um filme simples, mas apresenta uma parte técnica impecável. A cena da escada - já comentada por aqui antes - vai ficar na minha memória para sempre... Aliás, só ao assistir Pérfida já virei um admirador do trabalho de Willian Wyler, Bette Davis e Teresa Wright. Outro ator que também chamou muito minha atenção foi Gary Cooper, que está excelente em Sargento York, e com certeza mereceu levar o prêmio de Melhor Ator. Este filme também merece atenção, pois o roteiro é muito bom. Enquanto assistia, pensei "Como vão colocar a guerra nessa história?" Isso porque em filmes do gênero, muitas vezes, a história já começa com o personagem no campo de batalha e no caso Sargento York, ela só entra no roteiro quase no final do filme. Mas isso não estraga em nada o desempenho de Sargento York!

Agora vamos a pergunta principal nesse Oscar: Como Era verde Meu Vale ou Cidadão Kane? Como Era verde Meu Vale me conquistou por sua história e Cidadão Kane por sua narrativa. Como avaliar qual desses clássicos é o melhor filme? Particularmente, entre os dois, eu fico como o filme de John Ford. Mas isso não quer dizer que Cidadão Kane não tenha-me agradado, muito pelo contrário, eu gostei bastante. O que acontece é que ele é um filme de um personagem só, tanto que, Charles Kane é o único que ficou na minha memória. Já em "Como Era Verde Meu Vale" a coisa é diferente, pois não conta apenas a história do garoto Huw Morgan, mas sim de toda sua família. Até podemos dizer que este filme é um drama familiar, e nesse caso, acaba ganhando muitos pontos comigo, pois esse é um gênero que admiro muito.

Cidadão Kane tem uma narrativa não linear, gosto muito dessa técnica. Porém, tenho mais satisfação ao conferir um drama familiar que um drama pessoal! Isso sem contar a narração em off e a fotografia assinada por Arthur C. Miller, que é uma das mais bonitas que já vi...

Por: Thiago Paulo

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Oscar – 1942: 14ª Edição dos Prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

1942, Segunda Guerra Mundial. O mundo divide-se em dois lados: as Forças do Eixo e os Aliados. Os Estados Unidos tiveram uma participação intensa e decisiva no conflito. O mundo do cinema não ficou de fora e retratou os anos de guerra em diversos filmes como “Ser Ou Não Ser” (To Be Or Not To Be), de 1942, Roma, Cidade Aberta (Roma, Città Aperta), de 1945, “Caminhada Sob O Sol” (A Walk In The Sun), de 1945, entre outros. Até mesmo a cerimônia anual de entrega dos Academy Awards sofreu fortes mudanças. Talvez, a mais conhecida diga respeito à confecção dos próprios “Oscars”. Até então, as estatuetas eram feitas de metal. Com a crise, elas passaram a ser feitas de gesso. Com o fim da guerra, no entanto, todos os premiados foram agraciados com estatuetas originais.

Este também foi o último ano em que a premiação foi feita durante um banquete. Por conta do público cada vez mais numeroso e das dificuldades econômicas que o país atravessava, a festa passou a ser realizada em teatros, como acontece até hoje. Alguns atores, inclusive, compareceram em trajes militares. Como o medo de ataques era freqüente, o banquete de 42 foi reduzido a um modesto jantar no Hotel Biltmore e não contou com os tradicionais holofotes que iluminam os céus de Los Angeles. É o início das tramissões em cadeia de rádio.

O momento emoção da festa ficou por conta da homenagem prestada à recém-falecida atriz Carole Lombard, enquanto a saia justa da noite foi protagonizada pelas irmãs Olívia de Havilland e Joan Fontaine. Ambas foram indicadas ao prêmio de melhor atriz (Olívia por “A Porta de Ouro” e Joan por “Suspeita”). Joan leva a melhor e esnobou a irmã. Mas, como vingança é um prato que se come frio, anos mais tarde Olívia ganha o prêmio e não permite que a irmã a cumprimente.

Deliciosas histórias que só os Deuses do Cinema podem contar...

PERFIL: CAROLE LOMBARD
Jane Alice Peters, mais conhecida como Carole Lombard, foi uma das mais famosas atrizes de Hollywood nos anos 30. Dona de uma sofisticada beleza, Carole começou no cinema mudo, resistindo ao advento dos filmes sonoros. É conhecida por ter sido casada com o também ator Clarck Gable, personificando o modelo de casal bonito, famoso e talentoso. É sabido, no entanto, que o casamento dos dois nunca foi exatamente um mar de rosas - mais por culpa de Gable, que jamais resistiu à umas escapulidas. Carole morreu tragicamente durante uma viagem aérea que visava levantar bônus para as tropas americanas. Foi a protagonista do filme “Ser Ou Não Ser”, lançado postumamente, que conta a história de um grupo de atores canastrões que caem nas graças dos nazistas.

“Ser Ou Não Ser” é uma das maiores comédias dos anos 40 e dona de uma das aberturas mais originais de todos os tempos: um Hitler que surge, sendo cumprimentado por seus soldados com um “Heil Hitler!”. Ele então responde: “Heil me!”

O filme logicamente não foi bem aceito pela público. Reza a lenda que o pai de Jack Benny, um dos astros do filme, se retirou da sala de projeção, enojado por ver o filho vestir um uniforme nazista. Mesmo assim, a produção foi indicada ao Oscar de melhor música e melhor fotografia.

O toque curioso da história fica por conta de uma cena da fita em que a personagem de Carole é convidada pelo apaixonado personagem de Robert Stack para um passeio de avião. Ela responde: “Por que não? Afinal, o que poderia acontecer em um avião?”

O diálogo foi retirado no dia da estréia do filme e só foi restaurado muitos anos depois.

Você sabia que...

... Olívia de Havilland e Joan Fontaine são algumas das estrelas de Hollywood dos anos 30 que ainda estão vivas, ao lado de nomes como Shirley Temple, Maureen O’Hara, Luise Rainier, Gloria Stuart, Ann Ruthford e Deanna Durbin?

Por: Marcelo Antunes

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Oscar 1942 - Melhor Ator e Melhor Atriz


  • Gary Cooper por Sargento York
  • Robert Montgomery por Que Espere o Céu
  • Orson Welles por Cidadão Kane
  • Cary Grant por Serenata Prateada
  • Walter Huston por O Homem que Vendeu Sua Alma.

Cinco nomes de peso se enfrentaram na categoria Melhor Ator no ano de 1942. Cada um à sua maneira, os atores se enfrentaram em papeis bem densos. Gary Cooper interpretou um homem que evita ir à guerra por convicções religiosas, mas, sem opção, acaba se alistando ao exército, o que mudará sua vida. Welles vive o magnata da comunicação Charles Foster Kane e sua vida é narrada desde sua ascensão até sua decadência. Montgomery dá vida a Joe, que, ao morrer, encontra-se com um anjo. Cary Grant apresenta Roger Adams, um jornalista que se casa com uma mulher e, devido a alguns problemas, eles adotam uma criança. Huston atua como um fazendeiro que vende sua alma ao diabo.

Assim, os cinco atores mostram-se importantes em suas composições e por isso receberam nominações ao prêmio. Três desses atores – Cooper, Montgomery e Huston – já haviam sido indicados ao prêmio antes. Outro deles, Cary Grant, seria ainda indicado posteriormente ao ano de 1942 e o último dos cinco, Orson Welles, é o único a receber uma única indicação. De longe, o favorito era Welles, cujo filme – Cidadão Kane – era o mais cultuado, uma vez que mudou as estruturas do cinema a partir de seu lançamento.

  • Joan Fontaine por Suspeita
  • Olivia de Havilland por A Porta de Ouro
  • Greer Garson por Flores do Pó
  • Bette Davis por Pérfida
  • Barbara Stanwyck por Bola de Fogo

1942, definitivamente, não foi um ano fácil. Cinco grandes atrizes também se enfrentavam na categoria melhor atriz. Entre elas, Bette Davis e Greer Garson, as recordistas de indicações seguidas que, nesse ano, disputavam a estatueta pela segunda vez, entre elas. Davis interpretou Regina Giddens, uma mulher sem escrúpulos em Pérfida, de Willian Wyler. Já Garson deu vida à Edna Kahly Gladne, no melodramático Flores do Pó, de Mervin LeRoy; uma mulher que abre um orfanato após perder filha e marido.

Em A Porta de Ouro, de Mitchell Leisen, Olívia de Havilland é Emmy Brown, uma simplória professora que vira alvo do interesse de um gigolô romeno que deseja casar-se para viver legalmente nos Estados Unidos. E Barbara Stanwyck foi Sugarpuss O'Shea, uma cantora de boate que passa a “colaborar” na elaboração de uma enciclopédia.

Mas o prêmio máximo ficou mesmo com Joan Fontaine, por Suspeita, dirigida por Hitchcock. Sua personagem, Lina McLaidlaw Aysgarth, é a esposa de um playboy apostador de passado duvidoso, vivido por Gary Grant. Todas as evidências levam a crer que o marido é um assassino e que ela será sua próxima vítima. A grande atuação de Fontaine lhe fez desbancar grandes nomes de então, como Bette Davis e Greer Garson, levando a estatueta para casa , e deixando sua irmã – Olívia de Havilland - com “dor de cotovelo”. Mas isso é uma outra história...

Por: Luis Adriano e Marcelo Antunes

Oscar 1942 - Sargento York


Sem dúvida, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas adora um filme de guerra. Isso desde seu nascimento, onde o primeiro filme a ganhar um Oscar foi Asas, que retrata a rivalidade entre dois pilotos durante a Primeira Guerra Mundial. Na 14ª edição, em 1942, o representante desse gênero foi Sargento York. Dirigido por Howard Hawks, o filme foi indicado em nove categorias e levou duas delas, a de Melhor Ator e de Melhor Edição.

Biográfico, o filme conta a história de Alvin C. York, que de jovem problema, se torna um dos maiores heróis de guerra. De uma família pobre, Alvin é conhecido por não acreditar em Deus, porém, após sobreviver ao ser atingido por um raio, ele muda de opinião e passa a frequentar a Igreja local. A partir daí, disposto a se casar com sua amada Grace Willians (Joan Leslie), York resolve mudar sua maneira de viver e passa a trabalhar, para assim conseguir comprar sua própria terra. Quando estoura a Primeira Guerra, o personagem é obrigado a se alistar e servir - mesmo sendo um pacifista, e contra a guerra-, e aí acaba se tornando um herói após capturar 132 alemães sozinho.

O filme foi roterizado por Harry Chandlee, Abem Finkel, John Huston e Howard Koch, que se inspiraram em um diário escrito pelo verdadeiro Alvin York. Comparando a realidade com esse roteiro, muita coisa foi alterada; um exemplo disso é que no filme o soldado é retratado como sendo o filho mais velho, porém foi o terceiro de doze filhos.

Perfil: Gary Cooper
Gary Cooper (1901-1961) foi um dos mais populares astros de Hollywood dos anos 20 aos 60. Vencedor do Oscar de melhor ator por duas vezes, uma em 42, por Sargento York, e outra em 53, por Matar ou Morrer, estrelou, ao todo, mais de cem filmes. O American Film Institute o cita como o 11º ator de todos os tempos.

Seguem abaixo, algumas das produções que tiveram Cooper em seu elenco:

Asas (1927);
Adeus às Armas (1932);
Alice no País das Maravilhas (1933);
O Galante Mr. Deeds (1936);
Beau Geste (1939);
Bola de Fogo (1941);
Por Quem Os Sinos Dobram (1943);
Matar ou Morrer (1952);
Amor na Tarde (1957)

Gary personificou como ninguém o valente herói dos westerns e, pouco tempo antes de sua morte, foi homenageado pela Academia com um Oscar pelo conjunto de sua carreira. Como estava com câncer em estágio avançado, não pôde comparecer à premiação, mas o amigo pessoal, James Stewart, recebeu a estatueta no seu lugar.

Curiosidades: Você sabia que...

... Sargento York foi o filme de maior bilheteria em 1942?

... Henry Fonda, James Stewart e até Ronald Reagan foram considerados para o papel Alvin York?

... que o próprio Alvin C. York, em pessoa, só permitiu a filmagem de sua história se Gary Cooper fosse o ator escolhido para vivê-lo no cinema?

... que no recente "Bastardos Inglórios", Tarantino homenageia vários filmes de guerra, entre eles, Sargento York?

... que Gary Cooper era amigo íntimo de Ernest Hemingway e protagonizou nas telas, aquele que é, sem dúvida, seu maior romance - "Por Quem Os Sinos Dobram"?

Indicações:

* Melhor Filme
* Melhor Diretor
* Melhor Ator
* Melhor Montagem
* Melhor Atriz Coadjuvante
* Melhor Ator Coadjuvante
* Melhor Roteiro Original
* Melhor Fotografia
* Melhro Trilha Sonora
* Melhor Som
* Melhor Direção de Arte

Por: Marcelo Antunes e Thiago Paulo

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Oscar 1942: Relíquia Macabra


Relíquia Macabra foi mais um dos clássicos de 1941 que entrou para lista de indicados ao Oscar do ano seguinte. O filme recebeu três nomeações: Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Roteiro Adaptado, mas também não levou nenhuma. Diferente de seus concorrentes, Maltese Falcon - nome original - foi considerado como o primeiro grande filme "Noir", gênero associado a filmes policias.

O longa foi a estreia de John Houston (O Pecado de Todos Nós) na direção, que também assina o roteiro baseado em um livro homônimo de Dashiell Hammett. Na história, conhecemos Sam Spade (Humphrey Bogart); um investigador particular que acaba se envolvendo em um grande jogo de gato e rato quando uma misteriosa mulher pede sua ajuda, para assim encontrar um artefato muito valioso - o tal Maltese Falcon ou Relíquia Macabra do título.

Fazem parte do elenco - além do já citado Humphrey Bogart (Uma Aventura na África) - Mary Astor (A Grande Mentira), Peter Lorre (Casablanca), Gladys George e Barton MacLane. Falando nisso, para viver o investigador Sam Spade o diretor tinha escalado o ator George Raft, porém, ele não aceitou trabalhar com um diretor inexperiente.

Na época de seu lançamento, Relíquias Macabra foi muito bem recebido pelo público e crítica e, sem dúvida, também merece ser apreciado dessa maneira pela nova geração.

Perfil: Jonh Houston
John Marcellus Houston, ou simplesmente John Houston, é um dos mais aclamados diretores de cinema. Indicado cinco vezes ao Oscar de melhor direção, venceu em 48 por "O Tesouro de Sierra Madre". Também foi nominado outras vezes, nas seguintes categorias:

- "Melhor Filme", por Falcão Maltês e Moulin Rouge, em 1952;

- Quatro indicações ao Oscar de Melhor Roteiro, vencendo em 1948;

- Duas indicações por Melhor Roteiro Original;

- Duas indicações por Melhor Roteiro Adaptado;

- Uma indicação como Melhor Ator Coadjuvante.

No fim da vida, John filmou Pelé no filme Fuga para a Vitória.

Curiosidades: Você sabia que...

... O filme também foi lançado em dvd aqui no Brasil com o nome: O Falcão Maltês?

... John Houston, diretor do filme, também concorreu ao Oscar de 42 de Melhor Roteiro Original por Sargento York?

... Ele é pai de Anjelica Houston?

domingo, 10 de janeiro de 2010

Oscar 1942 - Pérfida



Adaptação de uma peça de mesmo nome, o roteiro de Pérfida se passa em uma época onde apenas os filhos eram herdeiros legais e, devido a isso, o foco do filme são as consequências que esse fato traz para uma família. Regina Giddens - interpretada por Bette Davis - é uma manipuladora mulher que tenta a todo custo convencer seu marido doente a participar de um grande negócio. Para conseguir que tudo saia como planejado, a megera ainda usa sua ingênua filha na jogada, para assim conseguir o apoio de seus dois irmãos.

Dirigido pelo mestre
Willian Wyler, The Little Foxes (título original) foi um dos filmes que mais recebeu indicações no Oscar de 1942. Foram um total de 9 nomeações, porém não levou nenhuma delas. O título original faz refêrencia à uma passagem bíblica que é dita no filme: "Apanhai-nos as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor."

Wyler fez um extraordinário trabalho conduzindo o elenco e suas histórias. Além da já citada acima
Bette Davis, o filme também conta com excelentes nomes da época, como por exemplo: Teresa Wright (Rosa de Esperança), Herbert Marshall (Ladrão de Alcova) e Patricia Collinge (A Sombra de Uma Dúvida). Além disso, ele ainda nos apresenta a ângulos de deixar qualquer cinéfilo de queixo caído - destaque para "cena da escada", que não podemos entrar em detalhas para não estragar o que você pode conferir nesse simples - comparado aos anteriores- porém, grande clássico.

Perfil: Bette Davis
Ruth Elizabeth Davis, ou Bette Davis, é considerada por muitos como uma das maiores atrizes de todos os tempos. Com uma carreira de quase seis décadas e com mais de 80 filmes no currículo, Bette decidiu seguir a carreira artística depois de assistir Rodolfo Valentino e Mary Pickford no cinema.Sua incursão pelo cinema rendeu-lhe excelentes elogios e reconhecimentos pelas suas quase sempre talentosas intepretações. Dentre os seus méritos, estão dez nomeações ao Oscar de Melhor Atriz. Ela é, juntamente com Greer Garson (com quem competiu na cerimônia de 1942), a atriz com maior número de indicações consecutivas, somando um total de cinco, ou seja, de 1939 a 1943, Bette Davis competiu como lead actress. O seu trabalho no cinema é tão reconhecido, que ela recebeu até mesmo homenagens fora do campo cinematográfico: uma canção foi intitulada "Bette Davis' Eyes". Bastante revolucionária, coube a ela um período no qual dirigiu a Academia de Artes Cinematográficas. Devido a esse mesmo espírito inovador, suas ideias contrastavam com a dos membros da Academia, o que fez com que ela renunciasse ao cargo de presidenta. Muitas histórias - alguns mitos e algumas verdades - fazem parte da história dessa atriz.
Dizem que o Academy Award recebeu o apelido "Oscar" por causa de um comentário feito por ela, o que talvez seja verdade. Bette conquistou a antipatia de alguns atores e diretores; alguns a consideram intragável, por causa das suas atitudes egocêntricas nos sets de filmagem. No filme que lhe valeu sua última indicação ao Oscar, "What Ever Happened to Baby Jane?", os problemas entre Davis e Crawford eram notáveis. E, em 1963, quando perdeu o prêmio para Anne Bancroft, rezam as más línguas que ela tenha dito "não acreditar que havia perdido para uma iniciante".

No início dos anos 60, colocou um anúncio nos jornais, apresentando-se como "atriz desempregada, ganhadora de dois Oscars, com experiência teatral".
Robert Aldrich lê o anúncio e a convida para estrelar, ao lado de Joan Crawford, no clássico já citado acima "O que terá acontecido à BabyJane?".Curiosidades: Você sabia que...
... Em 2003 Regina Giddens entrou para lista dos 50 melhores vilões do cinema americano; ficou na 43ª posição da lista?

... William Wyler foi o "grande amor da vida de Bette Davis", segundo declarações da própria atriz?

... Wyler é diretor de Ben-Hur, um dos recordistas de prêmios da Academia?.

.. Os dois Oscars de Davis, foram arrematados por Steven Spielberg em leilões e entregues à Academia?

Pérfida foi indicado nas seguintes categorias:

  • Melhor Filme
  • Melhor Diretor
  • Melhor Atriz
  • Melhor Atriz Coadjuvante (Patricia Collinge e Teresa Wright)
  • Melhor Roteiro Adaptado
  • Melhor Montagem
  • Melhor Direção de Arte
  • Melhor Trilha Sonora - Drama
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