segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Oscar 1998 - Amisted / Caráter


Amistad é um filme de época passado em 1839 e que narra fatos verídicos que ocorreram a bordo de um navio chamado "La Amistad". Dirigido por Steven Spielberg, relata a luta de um grupo de escravos africanos em solo americano, desde a sua revolta até seu julgamento e livertação.

Além disso, o filme tem um cunho muito verossímil, pois trata com detalhismo a captura e o transporte de escravos e o sistema adotado naquela época. O elenco de Amistad é encabeçado por Anthony Hopkins (indicado ao Oscar de melhor ator por seu desempenho aqui), mas também tem outros nomes conhecidos como Morgan Freeman, Anna Paquin, Stellan Skarsgard e Djimon Hounson.

INDICAÇÕES:
  • Melhor Ator (Anthony Hopkins)
  • Melhor Fotografia
  • Melhor Trilha Sonora
  • Melhor Figurino

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Caráter marcou a estreia do holandês Mike Van Dien, na direção de longa metragens. Adaptado de uma obra literária, nos apresenta ao jovem futuro advogado Katadreuffe (Fedja van Huet). O filme se inicia com um curto e tenso diálogo entre Katadreuffe e o oficial de Justiça Dreverhaven (Jan Decleir) - na realidade, o seu pai.

O filme narra a trajetória desse pai e filho que se odeiam, através de flashbacks, num roteiro brilhante, escrito em parceria com Charles Dickens.

O filme ficou famoso por "roubar" a estatueta do brazuca "O Que É Isso, Companheiro?"

INDICAÇÃO:

  • Melhor Filme Estrangeiro


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Oscar 1998 - Titanic


Com direção, co-produção e co-autoria de James Cameron, ia às telas, em 1997, aquele que é apontado por muitos como o “filme romântico” de todos os tempos: Titanic. Baseado no naufrágio do RMS Titanic, em 1912, o filme narra a história de amor entre a jovem Rose DeWitt Bukater (Kate Winslet) e o artista iniciante e “vagabundo” Jack Dawnson (Leonardo Di Caprio).

1996. Buscando um colar batizado de Heart of the Ocean, o aventureiro Brock Lovett explora os destroços do Titanic. A equipe encontra o esboço do desenho de um mulher nua. Rose Dawnson Calvert diz ser ela a modelo do retrato e, quando inquirida sobre o destino do colar, rememora seus dias no navio.

Viajando com a mãe e o noivo, Rose conhece Jack, por quem se apaixona quando ele impede que ela se suicide, jogando-se da proa do navio. Proibida pela mãe de encontrar-se com Jack, o romance toma ares de “amor proibido”. Numa das cenas mais famosas, Rose pede que Jack a desenha como veio a mundo, ostentando apenas o “Coração do Oceano”, presente de seu noivo.

Quando tudo parece encaminhar-se para o final feliz, eis que o pior acontece: o navio choca-se a um iceberg. O resto da história não convém contar para não estragar a surpresa - isso, se esse filme ainda for surpresa para alguém.

PERFIL: GLORIA STUART

Com cem anos completados em julho passado, Gloria Stuart é umas das últimas atrizes dos anos 30, ainda viva.

Começou a carreira na Universidade, fazendo teatro amador. Em 1932, assina com a Universal Studios e praticamente engata um trabalho após o outro. No final da década de 1940, dedica-se exclusivamente à pintura, retornando às telas somente nos anos 70. Em 1982, venceu um câncer mamário.

Em 97, é escolhida para dar vida à senhora centenária Rose De Witt Bukater e é indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, aos 86 anos, sagrando-se como a pessoa de maior idade indicada ao prêmio.

CURIOSIDADES:Você sabia...

... que outros filmes com o mesmo nome foram realizados - um estrelando Barbara Stanwick e Robert Wagner e outro, produzido para a tv, com Catherine Zeta-Jones?.

.. que Titanic talvez seja um dos filmes que mais tenha menções na cultura popular?

... que com 14 indicações - quite com A Malvada -, o filme igualou-se em número de prêmios ao clássico Ben-Hur e ao mais recente O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei?

... que o filme será relançado em 3D em 2012?


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Oscar 1998 - Sua Majestade, Mrs. Brown / Donnie Brasco


Depois que seu marido, o príncipe Albert, morreu de febre tifóide, a rainha Vitória (Judi Dench) mergulha em um profundo luto, e se afasta de todos os seus compromissos na coroa. Anos depois, um fiel serviçal do falecido príncipe, John Brown (Billy Connolly) consegue trazer a rainha de volta à vida. No entanto, a amizade formada entre os dois começa a trazer controversas e fofocas na coroa, que não admite que um homem do povo tenha tanta influência sob alguém da realeza.

Sua Majestade, Mrs. Brown marcou mais uma indicação ao Oscar para a veterana Judi Dench (ela venceria posteriormente por um papel também da realeza no mediano Shakespeare Apaixonado). Além disso, o filme teve uma indicação técnica na categoria de maquiagem. A ponto de curiosidade, esse filme marcou o debut cinematográfico de Gerard Butler.

INDICAÇÃO:
  • Melhor Atriz

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Em 1997 era lançado Donnie Brasco, produção estadunidense dirigida por Mike Newell e estrelada por Al Pacino, Johnny Depp e Michael Medsen.

Anos 70. Donnie Brasco é o nome que o policial Joe Pistone (Depp) usa para se infiltrar na Máfia. Brasco cai nas graças de Benjamim Ruggiero (Al Pacino), que se torna uma espécie de mentor, ensinando-lhe o caminho das pedras.

O longa foi baseado em relatos reais de um ex-agente do FBI que durante sete anos esteve infiltrado numa das mais importantes famílias de mafiosos e rendeu a Newell, a indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, depois de ter concorrido a Melhor Filme pela realização do bem sucedido Quatro Casamentos e Um Funeral.

INDICAÇÃO:
  • Melhor Roteiro Adaptado

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Oscar 1998 - O Que É Isso, Companheiro? e Indicados a Melhor Filme Estrangeiro


Em 1998, uma produção brasileira figurava entre os indicados ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, na 70ª edição dos Academy Awards: “O Que É Isso, Companheiro?”, longa dirigido por Bruno Barreto e baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, lançando no final da década de 1970.

Com o roteiro a cargo de Fernando Gabeira e Leopoldo Serran, o filme nos apresenta um grupo de guerrilheiros que, na luta conta a Ditadura, sequestram um embaixador norte-americano.
Com um elenco encabeçado por Pedro Cardoso, Fernanda Torres e Matheus Nachtergaele, o filme consagrou-se como a terceira produção nacional indicada ao Oscar. Vale ressaltar que, embora o filme tenha sido baseado numa história verídica, muito de ficção foi adicionado ao seu roteiro, até mesmo para preservar a identidade de pessoas diretamente envolvidas nos fatos.

Ainda nessa categoria, concorreram A Música e o Silêncio (Alemanha), Segredos do Coração (Espanha), O Ladrão (Rússia) e o grande vencedor da noite, Caráter (Holanda).

Jenseits der Stille (A Música e o Silêncio) conta a história de Lara, filha de pais surdos que, toda vida, serviu de intérpretes para eles. Aos poucos, a menina demonstra uma enorme inclinação para a música. É quando surge o seu pequeno drama: se decidir investir na carreira musical, é preciso mudar-se de Berlim.

Secretos del Corazón (Segredos do Coração) nos apresenta a um rapazinho de nove anos cujo grande sonho é elucidar a morte do pai que fora encontrado numa casa mal-assombrada.

Vor (O Ladrão) também tem como protagonista um garoto - o pequeno Sanya que perdeu o pai antes de seu nascimento. Durante uma viagem de trem com a mãe, encontra Toylan, bonito e galante oficial por quem a mãe cai de amores. Mas é aí que a história sofre uma reviravolta...

Eis uma pequena amostra dos concorrentes na categoria de Melhor Produção em Língua Estrangeira daquele ano. Futuramente, nos deteremos no grande vencedor, o longa holandês Caráter.


Oscar 1998 - Ou Tudo ou Nada


Ou Tudo ou Nada relata a história de seis homens que estão desempregados. Eles estão desesperados e, com o intuito de resolver essa situação, resolvem fazer shows de striptease em troca de dinheiro. Os seis não são bonitos, atraentes, ou sequer bons dançarinos, mas resolvem entrar no ramo para salvar suas respectivas situações financeiras.

Esse filme de Peter Cattaneo é uma comédia britânica que conseguiu importantes indicações ao Oscar, incluindo as categorias de melhor filme, diretor e roteiro original. Além disso, levou a estatueta de melhor trilha sonora para um filme de comédia.

Posteriormente, foi produzida uma versão para a Broadway. O espetáculo de Ou Tudo Ou Nada estreou em 2000 e conseguiu indicações para o Tony. Tanto o filme quanto a peça fizeram tanto sucesso na Inglaterra que o próprio príncipe Charles resolveu interpretar uma cena do filme em uma aparição na TV.

INDICAÇÕES / PRÊMIOS:
  • Melhor Filme
  • Melhor Diretor
  • Melhor Roteiro Adaptado
  • Melhor Trilha Sonora

domingo, 12 de setembro de 2010

Oscar 1998 - O Doce Amanhã / O Despertar do Desejo



The Sweet Hereafter é um filme denso. Mas isso não fica claro logo de início, só aos poucos é que vamos percebendo o quanto a história é complexa.

Com duas nomeações ao Oscar, melhor diretor e melhor roteiro Adaptado, o filme mostra todo sofrimento de algumas famílias que perderam os filhos em um acidente com o ônibus escolar. O acontecido é um mistério, os pais das crianças não querem acreditar que tudo não passou de um acidente. E aí que entra em cena Mitchell Stephens, um advogado que aborda esses pais em luto prometendo encontrar um culpado e assim processá-lo.

O filme, original do Canadá, foi lançado em 1997 e é uma adaptação de um romance de Russell Banks. Quem dirigiu foi Atom Egoyan, que também assinou o roteiro juntamente com Camelia Frieberg.

O filme possui um elenco, os mais conhecidos da turma são Ian Holm e Sarah Polley, que como sempre fazem um ótimo trabalho.

INDICAÇÕES:
  • Melhor Direção - Atom Egoyan
  • Melhor Roteiro Adaptado - Atom Egoyan e Camelia Frieberg
Por: Thiago Paulo

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Afterglow, estrelado por Nick Nolte e Julie Christie e dirigido por Alan Rudolph, foi produzido pelo famoso Robert Altman. O principal assunto dessa obra é o relacionamento frustrado entre casais. Tanto Marianne e Jeffrey quanto Phillis e Lucky Mann possuem relações desestabilizadas – quando Lucky vai fazer um conserto na casa de Jeffrey, Marianne fica obcecada por ele.

O Despertar do Desejo rendeu à atriz inglesa Julie Christie a sua segunda indicação ao Oscar – àquela época, a atriz já tinha uma estatueta, conquistado pelo filme Darling. Em outros circuitos de prêmios, o filme conquistou muitas indicações, a maioria delas relacionadas ao quesito de atuação.

INDICAÇÃO:
  • Melhor Atriz - Julie Christie

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Oscar 1998 - Boogie Nights / Mera Coincidência



Todo mundo tem algo especial. O algo especial de Eddie Adams (Mark Walhberg) encontrava-se no meio das pernas. E foi esse "dote" que o levou a seguir um caminho oposto daquele trilhado pelos seus amigos de colégio. De lavador de pratos, o rapaz torna-se um fenômeno nas mãos de Jack Horner (Burt Reynolds), um diretor de filmes adultos que descobre o “enorme” talento de Adams. Esse é o mote de Boogie Nights - Prazer Sem Limites (Boogie Nights), longa dirigido por Paul Thomas Anderson e baseado no curta de 1988, The Dirk Diggler Story, que conta a história da ascensão de um astro pornô, nos anos 70; sua fama, seu envolvimento com mulheres, bebidas e drogas, e que foi indicado em três categorias na cerimônia de 1998.

Com um elenco com nomes como Julianne Moore (que concorreu como atriz coadjuvante), Philip Seymour Hoffman e Alfred Molina, Boogie Nights foi o segundo trabalho do diretor, que produziu o documentário que originou o longa quando contava com apenas 17 anos!

Reza a lenda que o papel de Dirk Diggler (o nome artístico de Eddie) foi oferecido a Leonardo Di Caprio, que declinou do convite, embora tivesse gostado do projeto, por já estar comprometido com a produção de Titanic, indicando, ele próprio, o amigo Mark Walhberg para o papel.

INDICAÇÕES:
  • Melhor Ator Coadjuvante (Burt Reynolds)
  • Melhor Atriz Coadjuvante (Julianne Moore)
  • Melhor Roteiro Original (Paul Thomas Anderson)


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Depois de Rain Man, o ator Dustin Hoffman e o diretor Barry Levinson voltaram a unir forças em Mera Coincidência. Esse filme de 1997, ainda tem Robert De Niro na produção. O longa conta a história de um presidente dos Estados Unidos (Michael Belson), que se vê envolvido em um escândalo sexual dias antes da eleição e não enxerga mais a possibilidade de se reeleger.

No entanto, um dos assessores do presidente entra em contato com um produtor de Hollywood (Dustin Hoffman) para que ele “crie” uma guerra que o presidente poderia ajudar a terminar. Ou seja, desviar a atenção dos escândalos para um suposto ato “heróico”.

Barry Levinson sempre foi um diretor muito acadêmico e todos os seus filmes possuem uma estrutura muito convencional. Isso pode ser bom ou ruim, dependendo de quem está assistindo. O título Mera Coincidência se deve ao fato de que, durante a produção do filme, o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, também se envolveu em um escândalo sexual. O filme teve duas indicações ao Oscar: melhor roteiro adaptado e melhor ator para Hoffman.
INDICAÇÕES:
  • Melhor Ator (Dustin Hoffman)
  • Melhor Roteiro Adaptado

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Oscar 1998 - Los Angeles - Cidade Proibida


Com um clima noir e um elenco super afinado, que na época não era tão conhecido como hoje, LA. Confidential retrata o início dos anos 50 no melhor estilo.

A história mostra três detetives de Los Angeles, cada um trabalha de uma maneira diferente. Ed Exley (Guy Pearce) é o cara certinho que segue todas as regras, Wendell "Bud” White (Russel Crowe) é tipo de pessoa que gosta de resolver tudo a base de vinolência, e Jack Vincennes (Kevin Spacey) o típico detetive corrupto que recebe propina de uma revista para prender famosos. Os três personagens acabam tendo que investigar um homicídio múltiplo, que, aos poucos, vai revelando o que há de pior em Los Angeles.

Também fazem parte do elenco James Cromwell, Danny DeVito, David Strathairn e KimBasinger - indicada a melhor atriz coadjuvante.

O filme foi roteirazado (um dos pontos fortes da produção) por Brian Helgeland (Salt, Robin Hood) e adaptado do romance de James Ellroy. A direção foi de Lee Curtis Hanson, que, segundo o próprio, foi fisgado pelos personagens ao ler o livro.

Para conseguir a façanha de criar o ambiente charmoso e glamouroso do filme, Hanson realizou um festival de cinema com toda sua equipe. Foram exibidos vários filmes que mostram como era Hollywood nos anos 50, dois deles são “No Silêncio da Noite (com Humphrey Bogart)” e “Assim Estava Escrito”.

PERFIL: Kim Basinger

Kimila Ann Basinger, mais conhecida apenas por Kim Basinger, nasceu em Athens, Georgia. Quando tinha 16 anos de idade começo sua carreira de modelo, venceu seu primeiro concurso. Logo conseguiu um contrato com a agência "Ford Modeling", e enquanto trabalhava nisso, fazia aula de interpretação.

Em 1976 mudou-se para Los Angeles, conseguiu pequenos papéis em séries de TV: Apareceu em Starsky e Hutch e As Panteras. Dois anos depois fez um filme para TV, Katie: Portrait of a Centerfold , e em seguida protagonizou From Here to Eternity.

Em 1983 Basinge foi a Bond Girl de Nunca Mais Digas Nunca, que tinha Sean Connery como 007. Nessa época posou nua para Playboy. Um ano depois foi indicada e ganhou um Globo de Ouro pelo filme The Natural, onde atuou ao lado de Robert Redford.

A partir daí fez vários outros filmes, alguns ótimos e outros péssimos, entre eles temos 9 ½ Semanas de Amor, Nadine e Batman (de Tim Burton). Nos anos 90 ficou uns anos afastada do cinema para se dedicar a família, seu retorno foi com Los Angeles - Cidade Proibida. Em seguida filmou África dos Meus Sonhos e Provocação, onde voltou a trabalhar ao lado de Jeff Briges.

Kim Basinger foi casada Alec Baldwin (seu segundo marido), eles se conheceram durante as filmagens de Uma Loira Em Minha Vida. Três anos depois de se casarem, voltaram a trabalhar juntos em A Fuga. O casal se divorciou em 2002, e, desde então, estão brigando pela custódia da filha.

Os últimos trabalhos no cinema de Kim Basinger são Vidas Que Se Cruzam e Charlie St. Cloud.

INDICAÇÕES / PRÊMIOS:
  • Melhor Filme
  • Melhor Direção - Curtis Hanson
  • Melhor Atriz Coadjuvante - Kim Basinger
  • Melhor Roteiro Adaptado - Curtis Hanson e Brian Helgeland
  • Melhor Fototgrafia
  • Melhor Trilha Sonora
  • Melhor Edição de Som
  • Melhor Direção de Arte
  • Melhor Montagem

domingo, 5 de setembro de 2010

Oscar 1998 - Será que Ele É? / O Ouro de Ulisses


Histórias reais usualmente são usadas para dar base a um filme. “Será Que Ele É?” também passou por esse processo: no ano de 1994, o ator Tom Hanks recebeu sua primeira estatueta, pelo filme Filadélfia, e, ao agradecer, citou o nome de antigos professores, os quais eram gays e serviram de inspiração para a composição do personagem de Hanks naquele filme.

Tomando esse acontecimento como ponto inicial, Paul Rudnick decidiu criar uma história na qual a pessoa citada como gay não é gay – ou, pelo menos, ainda não se descobriu como homossexual. Howard Brackett, vivido por Kevin Kline, é um professor que vê sua vida bagunçada quando seu ex-aluno, ao ganhar o Oscar, diz publicamente que Brackett é gay. O noivado do professor começa a desandar, as relações pessoais ficam balançadas, o seu trabalho como educador é questionado...

“Será Que Ele É?” é mais uma comédia que foi indicada na cerimônia de 1998. A única indicação que o filme conseguiu foi na categoria Melhor Atriz Coadjuvante, concedendo a Joan Cusack a sua segunda indicação.

INDICAÇÃO:
  • Melhor Atriz Coadjuvante (Joan Cusack).

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Ulisses (Peter Fonda) é um apicultor e veterano de guerra que, após a prisão do filho e o desaparecimento da nora, cria os netos sozinho. No entanto, um dia, Ulisses recebe do filho a notícia de que a nora corre perigo, já que alguns bandidos estão atrás dela. Querendo evitar que esse problema chegue em sua casa e afete suas netas, Ulisses resolve sair de seu isolamento e resolver a situação.

Indicado ao Oscar na categoria de melhor ator, O Ouro de Ulisses só alcançou reconhecimento no circuito de premiações para o desempenho de Peter Fonda (que ganhou o Globo de Ouro de melhor ator em drama por seu desempenho aqui). De fato, é Fonda que faz o longa-metragem valer a pena. Todo o destaque da história é centrada em sua figura que, de certa forma, carrega o filme. A ponto de curiosidade, esse foi o primeiro filme de Jessica Biel nos cinemas.

INDICAÇÃO:
  • Melhor Ator -Peter Fonda


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Oscar 1998 - O Apóstolo / Asas do Amor


Em 1997, Robert Duvall escreveu, dirigiu e protagonizou The Apostle (O Apóstolo). Com um elenco com nomes como Farrah Fawcett, Billy Bob Thorton e Miranda Richardson, o filme conta a história de Euliss 'Sonny' Dewey - o apóstolo E.F.

Com um tema já explorado em outros trabalhos como Entre Deus e o Pecado, de Richard Brooks (1960), o longa nos apresenta a história de um pastor que após uma briga com a esposa, mata-lhe o amante - também pastor. Por conta disso, abandona a comunidade religiosa que lidera e parte para a Louisiana, disposto a recomeçar a vida. Após travar amizade com o Reverendo Blackwell, decide fundar uma nova congregação.

Inicialmente, nenhum grande estúdio parecia interessado no projeto de Duvall que decidiu, ele mesmo, financiá-lo. Em sua primeira exibição, no Festival de Toronto, o filme foi recebido positivamente e, finalmente, chamou a atenção dos executivos de Hollywood. Duvall que recebeu a indicação ao Oscar de Melhor Ator por sua atuação, resolveu trabalhar com um grande número de atores não profissionais, para aumentar o realismo da história.

Apesar da grandiosa atuação de Robert Duvall, o prêmio ficou mesmo com Jack Nicholson.

INDICAÇÃO:
  • Melhor Ator - Robert Duvall

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Helena Bonham Carter já recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz, foi em 1998, pelo filme The Wings of the Dove.

Adaptado de um livro homônimo - escrito por Henry James -, o filme conta a história de Kate Coy (Helena Bonham Carter), uma jovem que vai morar com uma tia após a morte da mãe. Para conseguir um bom casamento para sobrinha, Mauder (Charlotte Rampling) faz com que ela rompa relações com seu pai (Michael Gambon) e com um jornalista (Linus Roache) por quem é apaixonada.

"Asas do Amor" foi dirigido pelo inglês Iain Softley,e roteirzado por Hossein Amini. O maior destaque do filme é o elenco, principalmente devido o desempenho da atriz Helena Bonham Carter.

INDICAÇÕES:
  • Melhor Atriz - Helena Bonham Carter
  • Melhor Fotografia - Eduardo Serra
  • Melhor Figurino - Sandy Powell
  • Melhor Roteiro Adaptado - Hossein Amini

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Abertura: Oscar 1998 - 70º Academy Awards


A cada nova cerimônia do Academy Awards, parece haver um filme que se destaca demais em relação aos outros. Na septuagésima edição da entrega de prêmios, o grande filme da noite foi Titanic, obra dirigida por James Cameron. Embora haja outros filmes com qualidade semelhante, é inegável que a narrativa quase épica do drama repercutiu bem mais dentre os indicados – e inclusive fora dos circuitos cinematográficos, sendo, até o ano passado, a obra com a maior bilheteria dos cinemas.

Considerando todos os fatos que ocorreram na cerimônia, nós, membros do Um Oscar por Mês, decidimos nos fazer algumas perguntas – algumas, de caráter bem sério. Titanic ficou estigmatizado por dois grandes feitos: repetiu a façanha conquistada por All About Eve, de 1950, ao conquistar 14 indicações (são esses, portanto, os dois filmes que detêm o recorde de indicações); durante a premiação, vem o segundo feito: conquistou, tal como Bem-Hur o fizera 38 anos antes, 11 estatuetas, tornando-se, então, o segundo de três filmes a chegar a esse nível. Independentemente de gostar ou não da obra, a Academia lhe colocou num patamar no qual estão pouquíssimos filmes, haja vista que a obra sobre o “navio que nem Deus afunda” se mantém como detentor de dois recordes notáveis. Vale questionar: a obra é tão boa assim? Teria a Academia a sobrevalorizado, atribuindo-lhe características que não correspondem exatamente às expectativas dos espectadores?

A cerimônia de 1998 ficou marcada também por outros fatores. Como curiosidade, a vitória de Jack Nicholson e Helen Hunt, que competiram respectivamente como Melhor Ator e Melhor Atriz pelo filme Melhor é Impossível, fez com que esse filme ficasse marcado como o sétimo – e até agora último – filme a conceder tanto ao lead actor quanto à lead actress a estatueta dourada. Isso significa que há mais de uma década que uma obra não repete tal acontecimento. Tanto Jack Nicholson quanto Helen Hunt têm um histórico interessante nas premiações – enquanto ele já havia recebido muitas indicações e, inclusive, ganhado dois Oscar, ela fora indicada pela primeira vez, mas anteriormente havia conquistado indicações e prêmios no Globo de Ouro e no Emmy como Atriz Televisiva. Naquele ano, em especial, a atriz teve como concorrentes quatro inglesas; ao vencê-las, considerando que muitos discordam de sua vitória, ficou a dúvida: foi premiada pelo nacionalismo da Academia, que desejou premiar uma conterrânea, ou foi justa sua vitória?

Enumerar as curiosidades dessa cerimônia levaria tempo – e esse, de qualquer modo, não é o objetivo desse texto. Não posso, no entanto, me esquecer de comentar a respeito da participação do Brasil no Oscar (e esse fato de repetiria no ano seguinte). O filme O Que é Isso, Companheiro? conquistou uma indicação como Melhor Filme Estrangeiro, possibilitando ao Brasil concorrer pela quarta vez nessa categoria (estou desconsiderando Orfeu Negro, que foi uma co-produção brasileira e francesa, mas que rendeu apenas à França a estatueta).

Ao longo do mês, analisaremos os filmes concorrentes e, ao final dele, daremos a nossa opinião sobre os indicados e premiados. Responderemos, pois, se Titanic é mesmo tão bom assim, se Helen Hunt é melhor do que suas concorrentes, se Kim Basinger mereceu vencer a atriz mais velha a concorrer ao Oscar (Gloria Stuart, como a velha Rose, em Titanic) e também se o Brasil tinha chances naquela cerimônia. Não posso terminar esse texto sem lançar a pergunta venenosa: será que Ben Affleck realmente ajudou Matt Damon a escrever o roteiro de Gênio Indomável ou levou a estatueta pelo trabalho do amigo?



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