O que se passa na cabeça dos membros da Academia? Não dá para saber. O fato é que o Oscar, às vezes, é um prêmio estranho – que nem sempre para nas mãos daqueles que realmente merecem. Um exemplo clássico disso é Rocky, Um Lutador que, na premiação de 77, desbancou filmes como Taxi Driver, Rede de Intrigas e Todos Os Homens do Presidente. Mas o que isso tem a ver com o Oscar de 42? Tudo. Quando escolhemos a 14ª Edição dos Prêmios da Academia, nossa principal motivação foi o fato de Cidadão Kane ter disputado, nesse ano, a estatueta de melhor filme e perder para “Como Era Verde O Meu Vale”. Em 1998, o American Film Institute elegeu o primoroso trabalho de Welles como o maior filme de todos os tempos. Há controvérsias. Uns defendem o título com unhas e dentes, culpam uma suposta pressão da imprensa para que ele não fosse premiado com o Oscar; outros pensam que há filmes tão bons quanto e até melhores.
1942 foi um ano difícil, essa que é a verdade. De todos as dez produções indicadas à categoria de Melhor Filme, apenas não assisti à Suspeita, A Porta de Ouro, Que Espere o Céu e Com o Pé no Céu. Todos os outros seis se revelaram, para mim, grandes surpresas. Poderia destacar Pérfida, uma pequena obra-prima de Willian Wyler, talvez subestimada por muitos, ou Sargento York, com o carisma inconfundível de Gary Cooper, mas pretendo não fugir da principal questão: Como Era Verde o Meu Vale ou Cidadão Kane? Fico com Como Era Verde Meu Vale e acho que, naquele momento, ele foi o filme que realmente mereceu ser premiado. Para mim, toda a inovação que se atribue ao longa de Welles só pôde ser notada anos depois. É assim que acontece com aqueles que ousam. Num primeiro momento são incompreendidos e anos mais tarde, aclamados. Também acho que a situação que o país atravessava, com a Segunda Guerra no auge, contribuiu para a premiação de How Green Was My Valley. Jonh Ford contou uma história bonita, recheada de valores como famíla e amizade. Resumindo: um filme tocante, muito mais interessante de ser premiado naquele momento.
E é isso aí. Eu fecho com ele e não abro. Tecnicamente, o filme de Welles está mesmo à anos- luz da produção de Ford. Como Era Verde O Meu Vale soa, às vezes, um tanto quanto datado, maniqueísta e cheio de clichês. Mas a mim, me tocou profundamente. Com certeza, as memórias de Huw Morgan e do seu vale, estão entre os quinze, talvez, dez mais da minha vida. Pois é. Outras discussões do gênero virão. Moulin Rouge ou Uma Mente Brilhante? Judy Holliday ou Gloria Swanson? Frank Capra ou Willian Wyler? A galera do Um Oscar do Mês está aqui para o que der e vier. E que venha 99!
Por: Marcelo Antunes
1942 foi um ano difícil, essa que é a verdade. De todos as dez produções indicadas à categoria de Melhor Filme, apenas não assisti à Suspeita, A Porta de Ouro, Que Espere o Céu e Com o Pé no Céu. Todos os outros seis se revelaram, para mim, grandes surpresas. Poderia destacar Pérfida, uma pequena obra-prima de Willian Wyler, talvez subestimada por muitos, ou Sargento York, com o carisma inconfundível de Gary Cooper, mas pretendo não fugir da principal questão: Como Era Verde o Meu Vale ou Cidadão Kane? Fico com Como Era Verde Meu Vale e acho que, naquele momento, ele foi o filme que realmente mereceu ser premiado. Para mim, toda a inovação que se atribue ao longa de Welles só pôde ser notada anos depois. É assim que acontece com aqueles que ousam. Num primeiro momento são incompreendidos e anos mais tarde, aclamados. Também acho que a situação que o país atravessava, com a Segunda Guerra no auge, contribuiu para a premiação de How Green Was My Valley. Jonh Ford contou uma história bonita, recheada de valores como famíla e amizade. Resumindo: um filme tocante, muito mais interessante de ser premiado naquele momento.
E é isso aí. Eu fecho com ele e não abro. Tecnicamente, o filme de Welles está mesmo à anos- luz da produção de Ford. Como Era Verde O Meu Vale soa, às vezes, um tanto quanto datado, maniqueísta e cheio de clichês. Mas a mim, me tocou profundamente. Com certeza, as memórias de Huw Morgan e do seu vale, estão entre os quinze, talvez, dez mais da minha vida. Pois é. Outras discussões do gênero virão. Moulin Rouge ou Uma Mente Brilhante? Judy Holliday ou Gloria Swanson? Frank Capra ou Willian Wyler? A galera do Um Oscar do Mês está aqui para o que der e vier. E que venha 99!
Por: Marcelo Antunes
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Nem bem começamos essa maratona Oscar e já aprendemos tanta coisa sobre o mundo do cinema. E logo de cara, já conheci filmes incríveis... Infelizmente não consegui assistir a todos os indicados nessa edição do Oscar, pois alguns não foram possível encontrar; mas dos que assisti, cada um conseguiu a sua maneira, ganhar minha admiração. E aí que tudo complica, porque, como escolher o melhor? Todos tem seu mérito por estar entre os indicados. Seja ele uma super produção - para época - como "How Green Was My Valley" ou até mesmo um filme do gênero noir como "Relíquia Macabra" - Aliás, primeiro noir que vejo.
Para mim, Pérfida foi a grande surpresa entre os filmes indicados. Achei que, comparado aos outros, ele é um filme simples, mas apresenta uma parte técnica impecável. A cena da escada - já comentada por aqui antes - vai ficar na minha memória para sempre... Aliás, só ao assistir Pérfida já virei um admirador do trabalho de Willian Wyler, Bette Davis e Teresa Wright. Outro ator que também chamou muito minha atenção foi Gary Cooper, que está excelente em Sargento York, e com certeza mereceu levar o prêmio de Melhor Ator. Este filme também merece atenção, pois o roteiro é muito bom. Enquanto assistia, pensei "Como vão colocar a guerra nessa história?" Isso porque em filmes do gênero, muitas vezes, a história já começa com o personagem no campo de batalha e no caso Sargento York, ela só entra no roteiro quase no final do filme. Mas isso não estraga em nada o desempenho de Sargento York!
Agora vamos a pergunta principal nesse Oscar: Como Era verde Meu Vale ou Cidadão Kane? Como Era verde Meu Vale me conquistou por sua história e Cidadão Kane por sua narrativa. Como avaliar qual desses clássicos é o melhor filme? Particularmente, entre os dois, eu fico como o filme de John Ford. Mas isso não quer dizer que Cidadão Kane não tenha-me agradado, muito pelo contrário, eu gostei bastante. O que acontece é que ele é um filme de um personagem só, tanto que, Charles Kane é o único que ficou na minha memória. Já em "Como Era Verde Meu Vale" a coisa é diferente, pois não conta apenas a história do garoto Huw Morgan, mas sim de toda sua família. Até podemos dizer que este filme é um drama familiar, e nesse caso, acaba ganhando muitos pontos comigo, pois esse é um gênero que admiro muito.
Cidadão Kane tem uma narrativa não linear, gosto muito dessa técnica. Porém, tenho mais satisfação ao conferir um drama familiar que um drama pessoal! Isso sem contar a narração em off e a fotografia assinada por Arthur C. Miller, que é uma das mais bonitas que já vi...
Por: Thiago Paulo
Para mim, Pérfida foi a grande surpresa entre os filmes indicados. Achei que, comparado aos outros, ele é um filme simples, mas apresenta uma parte técnica impecável. A cena da escada - já comentada por aqui antes - vai ficar na minha memória para sempre... Aliás, só ao assistir Pérfida já virei um admirador do trabalho de Willian Wyler, Bette Davis e Teresa Wright. Outro ator que também chamou muito minha atenção foi Gary Cooper, que está excelente em Sargento York, e com certeza mereceu levar o prêmio de Melhor Ator. Este filme também merece atenção, pois o roteiro é muito bom. Enquanto assistia, pensei "Como vão colocar a guerra nessa história?" Isso porque em filmes do gênero, muitas vezes, a história já começa com o personagem no campo de batalha e no caso Sargento York, ela só entra no roteiro quase no final do filme. Mas isso não estraga em nada o desempenho de Sargento York!
Agora vamos a pergunta principal nesse Oscar: Como Era verde Meu Vale ou Cidadão Kane? Como Era verde Meu Vale me conquistou por sua história e Cidadão Kane por sua narrativa. Como avaliar qual desses clássicos é o melhor filme? Particularmente, entre os dois, eu fico como o filme de John Ford. Mas isso não quer dizer que Cidadão Kane não tenha-me agradado, muito pelo contrário, eu gostei bastante. O que acontece é que ele é um filme de um personagem só, tanto que, Charles Kane é o único que ficou na minha memória. Já em "Como Era Verde Meu Vale" a coisa é diferente, pois não conta apenas a história do garoto Huw Morgan, mas sim de toda sua família. Até podemos dizer que este filme é um drama familiar, e nesse caso, acaba ganhando muitos pontos comigo, pois esse é um gênero que admiro muito.
Cidadão Kane tem uma narrativa não linear, gosto muito dessa técnica. Porém, tenho mais satisfação ao conferir um drama familiar que um drama pessoal! Isso sem contar a narração em off e a fotografia assinada por Arthur C. Miller, que é uma das mais bonitas que já vi...
Por: Thiago Paulo
Um comentário:
Hoje eu posso comentar como leitor apenas. Ou melhor, nem posso comentar senão estrago o meu post.
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