quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Oscar 1988 - Atração Fatal


Realiza: você é um cara pacato, cidadão cumpridor dos seus deveres, pai de família amoroso que, num fim de semana, conhece uma mulher independente, charmosa e (aparentemente) bem resolvida.  O tesão fala mais alto e a história termina na cama.  Aí, como bons adultos, cada um segue seu caminho e fim.  Certo?

Não para Dan Gallagher. A personagem de Michael Douglas em Atração FatalFatal Attraction, 1987, não teve tanta sorte. Durante uma viagem da mulher e da filhinha, o advogado bonitão conhece nada mais, nada menos que Alex Foster (Glenn Close), uma sofisticada executiva. A tensão sexual entre os dois é evidente e o resto da história você conhece. O que o pobre do Dan não esperava é que Alex não era exatamente a moça descrita no primeiro parágrafo, e que, por conta disso, tratou de infernizar sua vida a partir de então. Ou Dan era dela ou era de mais ninguém.

O filme foi um enorme sucesso de bilheteria, sendo indicado a seis Oscar, entre eles o de Melhor Direção e Atriz - mas não levou nenhum. Com ares de videoclipe que, muitas vezes, lembra “Nove Semanas e Meia de Amor”, também de Lyne - vide a cena da transa na pia, por exemplo -, o longa também foi muito criticado por conter uma mensagem moralista. De qualquer forma, o mote foi copiado por inúmeras outras obras.

No DVD do filme há a opção de conferir um final alternativo.

Para os amantes de filmes de psicopata, Atração Fatal é um dos grandes - talvez, não o melhor - do gênero.  Vale a pena conferir.


PERFIL: ADRIAN LYNE
Lyne (Inglaterra, 1941) iniciou sua carreira dirigindo comerciais para a TV. Debutou no cinema com o longa Foxes. Contudo, foi com o seu trabalho seguinte, Flashdance, que conseguiu maior projeção.  Em 86, é contratado para dirigir 9 ½ Semanas de Amor,  sendo indicado ao prêmio de Melhor Diretor, em 88, por Atração Fatal.  Seu maior sucesso é, seguramente, Infidelidade - remake de La Femme Infidèle, de 1969 -, thriller protagonizado por Richard Gere e Diane Lane - indicada ao Oscar -, em 2002.

CURIOSIDADES:

. Primeiro filme da “Era Aids” em que o marido infiel é punido.  Não ficou doente, mas teve que aturar uma psicopata no seu pé;

. O final original mostrava o suicídio de Alex e a prisão de Dan, contudo, em exibições prévias, o público achou tudo meio vago.  Lyne então, retornou as filmagens e rodaram um novo desfecho. Nos cinemas japoneses, o primeiro final foi o exibido;

. O filme foi considerado por muito como antifeminista, pois, aparentemente, passa a mensagem de que a mulher que não consegue um homem, fica doida;

. Debra Wigner e Barbra Hershey foram convidadas para dar vida à Alex, mas declinaram do convite.

. No início da história, Alex sempre vestia branco.  Com o decorrer do filme e com a perda de sanidade, suas roupas escurecem;

. O longa foi baseado em um curta produzido para a TV inglesa, feito por John Dearden

INDICAÇÕES:
1. Melhor Filme – Stanley R. Jaffe e Sherry Lansing
2. Melhor Diretor – Adrian Lyne
3. Melhor Atriz – Glenn Glose
4. Melhor Atriz Coadjuvante – Anne Archer
5. Melhor Roteiro Adaptado – James Dearden
6. Melhor Edição – Michael Kahn e Peter E. Berger

por Marcelo Antunes

Um comentário:

Guilherme Z. disse...

Muito legal a idéia do seu blog. Sempre que chega a época do Oscar eu fico louco procurando material sobre as edições anteriores e acho muito importante manter viva essa memória. To te seguindo. Visite meus blogs também

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