Pensar que Amor, Sublime Amor conseguiu levar dez estatuetas me deixa um pouco desconfortável. Não sei se é em função de eu não ser fã do musical, mas, não consigo ver tantos méritos nessa produção. A vitória arrasadora se torna ainda mais questionável quando o cultuado Julgamento em Nuremberg também estava na disputa.
Por um outro lado, foi gratificante ver a italiana Sophia Loren ser premiada por seu maravilhoso desempenho em Duas Mulheres. Além de fazer história (ela foi a primeira atriz de língua não-inglesa a ganhar reconhecimento nos prêmios de atuação da Academia), trouxe um dos desempenhos mais interessantes daquela época.
O que fica bem claro na cerimônia de 1962 é que a adoração exacerbada por Amor, Sublime Amor ofuscou muitos outros filmes. Além, claro, de Julgamento em Nuremberg, deixou de lado longas como Infâmia, A Doce Vida, Canhões de Navarone e Bonequinha de Luxo. Portanto, acredito que um maior equilíbrio era necessário entre os premiados.
Ou seja, Amor, Sublime Amor não só levou os prêmios principais, como também faturou estatuetas de atuações e consagrações no setor técnico. Muito para um filme que, ao meu ver, não era digno de tanto confete. A cerimônia de 1962, no final das contas, teve olhos para um filme só e não soube reconhecer tantos outros filmes excelentes que estavam na competição...
Por um outro lado, foi gratificante ver a italiana Sophia Loren ser premiada por seu maravilhoso desempenho em Duas Mulheres. Além de fazer história (ela foi a primeira atriz de língua não-inglesa a ganhar reconhecimento nos prêmios de atuação da Academia), trouxe um dos desempenhos mais interessantes daquela época.
O que fica bem claro na cerimônia de 1962 é que a adoração exacerbada por Amor, Sublime Amor ofuscou muitos outros filmes. Além, claro, de Julgamento em Nuremberg, deixou de lado longas como Infâmia, A Doce Vida, Canhões de Navarone e Bonequinha de Luxo. Portanto, acredito que um maior equilíbrio era necessário entre os premiados.
Ou seja, Amor, Sublime Amor não só levou os prêmios principais, como também faturou estatuetas de atuações e consagrações no setor técnico. Muito para um filme que, ao meu ver, não era digno de tanto confete. A cerimônia de 1962, no final das contas, teve olhos para um filme só e não soube reconhecer tantos outros filmes excelentes que estavam na competição...
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Mais um mês chega ao fim, e com ele deixamos para trás outra edição do Oscar. O 34ª Academy Awards nos apresenta à grandes clássicos do cinema, filmes que continuam impressionando e emocionando muita gente.
Nesse mês a decisão a ser tomada foi mais fácil que nos anteriores. A grande dúvida dessa edição é se West Side Story (Amor, Sublime Amor) foi, realmente, o Melhor Filme de 1961? Óbvio que não. Dentre os cinco indicados temos um filme que supera todos os outros: Julgamento em Nuremberg, obrigatório em todos os sentidos.
Se o filme é tão bom assim, então, porque Jerome Robbins e Robert Wise saíram com todas essa estatuetas na noite de entrega do prêmio? Sabemos que a academia adora musicais, West Side Story é um dos mais famosos do cinema, então, aconteceu o que sempre acontece: o filme mais comentado acabou levando o prêmio. Sinceramente, não consigo acreditar nisso... Não que o musical seja tão ruim, só que Jugamento em Nuremberg é mais completo.
Dos prêmios que “Amor, sublime Amor” ganhou, diria que o de Melhor Atriz Coadjuvante é o mais merecido, Rita Moreno rouba a cena no filme. No caso de Ator Coadjuvante o prêmio deveria ser de um dos indicados pelo filme Desafio à Corrupção, que tem as atuações como ponto forte.
A disputa de Melhor Ator [Maximillian Schell, charles Boyer, paul Newman e Spencer Tracy] e Atriz [Sophia Loren, Audrey Hepburn, Geraldine Page, Piper Laurie e Natalie Wood] foi boa demais, não consigo nem ao menos me decidir se concordo ou não com o resultado.
Essa edição me surpreendeu, foi um prazer enorme conhecer certos filmes que foram indicados. Como esquecer do final de Infâmia, ou da simpatia de Geraldine Page em O Anjo de Pedra? Do visual de Fanny, e dos efeitos especiais de Os Canhões de Navarone? Tudo bem, pode até ser ruim se for comparado aos efeitos do cinema atual, mas, levando em consideração a época que foi filmado, ele impressiona muito (o filme foi o único indicado na categoria Melhores Efeitos Visuais).
Além de tudo isso ainda temos A Doce Vida e De Crápula a Herói, dois clássicos italiano que marcaram presença na 34ª edição do Oscar.
É isso, grandes filmes, grandes atuações, grandes surpresas. Essa edição seria perfeita se “Julgamento em Nuremberg” tivesse ganho o maior prêmio do cinema.
Nesse mês a decisão a ser tomada foi mais fácil que nos anteriores. A grande dúvida dessa edição é se West Side Story (Amor, Sublime Amor) foi, realmente, o Melhor Filme de 1961? Óbvio que não. Dentre os cinco indicados temos um filme que supera todos os outros: Julgamento em Nuremberg, obrigatório em todos os sentidos.
Se o filme é tão bom assim, então, porque Jerome Robbins e Robert Wise saíram com todas essa estatuetas na noite de entrega do prêmio? Sabemos que a academia adora musicais, West Side Story é um dos mais famosos do cinema, então, aconteceu o que sempre acontece: o filme mais comentado acabou levando o prêmio. Sinceramente, não consigo acreditar nisso... Não que o musical seja tão ruim, só que Jugamento em Nuremberg é mais completo.
Dos prêmios que “Amor, sublime Amor” ganhou, diria que o de Melhor Atriz Coadjuvante é o mais merecido, Rita Moreno rouba a cena no filme. No caso de Ator Coadjuvante o prêmio deveria ser de um dos indicados pelo filme Desafio à Corrupção, que tem as atuações como ponto forte.
A disputa de Melhor Ator [Maximillian Schell, charles Boyer, paul Newman e Spencer Tracy] e Atriz [Sophia Loren, Audrey Hepburn, Geraldine Page, Piper Laurie e Natalie Wood] foi boa demais, não consigo nem ao menos me decidir se concordo ou não com o resultado.
Essa edição me surpreendeu, foi um prazer enorme conhecer certos filmes que foram indicados. Como esquecer do final de Infâmia, ou da simpatia de Geraldine Page em O Anjo de Pedra? Do visual de Fanny, e dos efeitos especiais de Os Canhões de Navarone? Tudo bem, pode até ser ruim se for comparado aos efeitos do cinema atual, mas, levando em consideração a época que foi filmado, ele impressiona muito (o filme foi o único indicado na categoria Melhores Efeitos Visuais).
Além de tudo isso ainda temos A Doce Vida e De Crápula a Herói, dois clássicos italiano que marcaram presença na 34ª edição do Oscar.
É isso, grandes filmes, grandes atuações, grandes surpresas. Essa edição seria perfeita se “Julgamento em Nuremberg” tivesse ganho o maior prêmio do cinema.
3 comentários:
Rapazes, chegamos a uma opinião unânime: Julgamento em Nuremberg é definitivamente melhor do que Amor, Sublime Amor. E também concluímos que a Academia errou - mais uma vez.
verdade, dessa vez, todos escolhemos o mesmo filme. Como o Marcelo disse no texto dele, julgamento em Nuremberg tem quase três horas de filme, e quando você perecebe já acabou.
Alguém aí pode me responder porque cargas-d'água a Academia premiou um xarope como Amor, Sublime Amor?!
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