quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Oscar 1999 - Deuses e Monstros / O Show de Truman



Indicado em três categorias no Oscar de 1999, o drama biográfico conta a história dos últimos meses de vida de James Whale, um aposentado e famoso diretor de cinema homossexual, que é lembrado pelos seus filmes de terror, como The Invisible Man (1933) e A Noiva de Frankenstein (1935). No filme, interpretado por Ian Mckellen o diretor desenvolve o interesse de pintar o retrato do seu jardineiro Clayton Boone (Brendan Fraser), que foi contratado recentemente pela governanta da casa. Para convencê-lo, o diretor afirma que o seu rosto tem algo que o faz lembrar seu passado e, assim, devido alguns flashbacks, conhecemos a história de James Whale desde sua infância até sua passagem pela Segunda Guerra Mundial.

Além dos vários flashbacks, o filme também apresenta alucinações e sonhos que aos poucos vão revelando detalhes da vida de Whale. Alguns flashes podem parecer sem sentido ou motivo aparente, mas a frente novas lembranças e histórias explicam cada um deles. O mérito da direção do filme cabe a Bill Condon que também trabalhou como roteirista do filme ao fazer a adaptação da novela “Pai de Frankenstein” de Christopher Bram. Homossexual assumido, Condon é conhecido também como diretor de "Kinsey - Vamos Falar de Sexo" e do musical Dreamgirls, lançado em 2006. Além desses, também assinou o roteiro de Chicago, indicado e ganhador do Oscar em 2003.

Infelizmente, este filme é muito difícil de ser encontrado para venda ou locação, pois, foi lançado pela editora Escala apenas nas bancas de jornal. Para piorar tudo, a edição lançada contém apenas o áudio com a dublagem em portugues e nada de idioma original ou legendas. Uma pena, porque um filme ganhador de um Oscar de Melhor Roteiro Original e indicado em outras duas categorias merecia um pouco mais de atenção das distribuidoras.

INDICAÇÕES:
  • Melhor Roteiro Adaptado - Bill Condon
  • Melhor Ator - Ian Mckellen
  • Melhor Atriz Coadjuvante - Lynn Redgrave
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The Truman Show, cujo título nacional consiste numa tradução literal acrescida de um subtítulo, tornou-se O Show de Truman - O Show da Vida. Lançado em 1998 pela Paramount Pictures, o filme conquistou a crítica e a maioria dos espectadores pela sua abordagem tragicômica sobre um tema delicado: a influência midiática na vida das pessoas. Sob a direção de Peter Weir e roteirizado por Andrew Nicol, O Show de Truman conquistou 3 indicações na 71ª cerimônia de estrega dos Academy Awards.
Jim Carrey vive Truman Burbank, um homem que é casado com Meryl (Laura Linney), que tem o emprego ideal e que vive uma vida bastante simples e feliz. O que ele não sabe, porém, é que sua vida é exibida 24 horas num canal de TV e que efaz parte de um dos reality shows mais famosos dos Estados Unidos. Desde que nasceu, todos os acontecimentos que envolvem sua vida têm sido planejados e criados de modo que a audiência do programa sempre suba. Do lado de fora, Truman é tema de conversas e debates, já que todos os espectadores do reality show não desgrudam os olhos desse programa e Christof, produtor do programa, o comanda com mãos de ferro, sem demonstrar qualquer sensibilidade. Tudo começa a parecer diferente quando Truman percebe uma figura do seu passado - seu pai, supostamente morto - retornando indiretamente à sua vida, o faz com que ele comece a se questionar a respeito do quanto é verdade e quanto é mentira a respeito das situações que ele presencia.
Os espectadores estavam acostumados a ver Jim Carrey em papeis cômicos, abusando de expressões e gestos exagerados. Quando o viram nesse filme, que mescla bem o lado trágico e o lado cômico dos eventos experimentados por Truman, não resta dúvidas de que aprovaram. Peter Weir talvez seja o responsável por isso, já que ele muitas vezes extraiu de atores tipicamente não-dramáticos ótimas performances dramáticas. O roteiro é bastante sensível, mostrando-nos um pouco de humor, drama, sentimentos - o espectador vive junto com Truman. Essa aproximação provavelmente foi a responsável pela ótima bilheteria do filme, que arrecadou cerca de 265 milhões. A Academia não ficou alheia aos aspectos positivos do filme e nomeou-o em três categorias, sem premiá-lo, contudo, por nenhuma das indicações.

INDICAÇÕES:
  • Melhor Diretor - Peter Weir
  • Melhor Roteiro Original - Andrew Nicol
  • Melhor Ator Coadjuvante - Ed Harris
Por: Levi Ventura, Luís Adriano e Thiago Paulo

4 comentários:

Marcelo A. disse...

Ótimo post, rapazes... Pra variar, né?

Jim Carrey me convenceu que é algo mais do que um rostinho engraçado em O SHOW DE TRUMMAN e Ian McKellen está ótimo, como sempre, em DEUSES E MONSTROS.

Abraços!

:D

Unknown disse...

O Show de Trumman é realmente sensacional, provando que certos atores tem potencial quando bem aproveitados. Achei bem escroto Deuses e Monstros ter sido lançado só em uma coleção de revistas...tem tanto filme ruim que vai até pro cinema.

Bom texto

Mirella Machado disse...

Bem, em relação ao Show de Truman acho que mereceu sim as indicações não ganhar também. Sim, é um ótimo filme, mas considerando aquela época que existiam muitos filmes bons.

Hoje em dia qualquer bonequinho azul pulando na tela já ganha globo de ouro de melhor drama.

Pedro Paulo disse...

Dois filmes sensacionais.

McKellen(por um) e Ed Harris (por outro) deveriam ter ganho os Oscars pelos seus papéis (eram os melhores do ano nas categorias) e Jim Carrey TINHA que ter sido indicado (assim como em "Brilho Eterno").

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