Para quem gosta de terror e em especial para filmes com
animais assassinos, este aqui é um prato cheio. Esse tipo de filme é conhecido
como eco-horror, denominação que
classifica os filmes de terror que tem roteiros baseados em animais que
sofreram alguma mutação ou qualquer tipo de “evento” que os fizeram se
transformar em criaturas assassinas em busca de carne humana. Citarei
alguns famosos que com certeza você já deve ter visto ou ouvido falar como: “Os
Pássaros”, de 1963, que faz parte da nossa lista de filmes do mês; “Tubarão”
(1975) e “Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros” (1993), ambos filmes de
Spielberg; além de “Piranha” (1978) e “Anaconda” (1997). Mas, em se tratando de
eco-horror, os títulos mais imprevisíveis e surpreendentes são os menos conhecidos,
filmes com baratas, babuínos, caranguejos gigantes, coelhos gigantes, lesmas,
ratos, fazem o espectador morrer de medo ou de rir vendo algum desses monstros
em ação.
O filme é dirigido por Phil Karlson (diretor do primeiro
filme de Marilyn Monroe) e conta a história de um garoto solitário que tem um
grave problema no coração e que acaba se tornando amigo de Ben, um rato. A
peculiaridade fica por conta de que Bem é líder de um exército de ratos que faz
vítimas em grandes números e a polícia intensifica as investigações para
encontrar o esconderijo dos roedores. O filme tem um tom melancólico e triste,
devido a música tema “Ben”, criada por Michael Jackson, que representa a
amizade entre o rato e o garoto. A música rendeu a única indicação da película
para o Oscar de 1973 para Melhor Canção Original. “Ben- o Rato Assassino”, na
verdade, é uma seqüência de “Calafrio” (1971), dirigido por Daniel Mann e que mostra como foi criado o
exército de ratos.
Primeiramente gostaria de exaltar a importância e a
coragem que há nessas produções de baixo orçamento ou filmes trash. É evidente que em muitos filmes B
não se vê a mesma qualidade ou o mesmo cuidado técnico-artístico que podemos
contemplar em produções feitas e patrocinadas por grandes estúdios, que contam
ainda com atores-celebridades e maior divulgação do trabalho. O mais
interessante nesse tipo de produção é a criatividade e a ousadia para criar
filmes com assuntos muitas vezes “absurdos”, mas que acabam virando uma
espécie de “folclore cinematográfico”, atraindo uma legião de fãs que adoram
esse tipo de filme.
Sobre o filme em questão, não me agradou muito, primeiro
que não tenho fobia por ratos, o que já me deixa um tanto resistente ao
assunto; segundo que, para época, era difícil passar a veracidade de um ataque
animal de forma convincente. Tanto é que a única coisa que chamou a atenção da
Academia foi a canção de Michael Jackson. Mas, se você tem medo de ratos e
gosta de um filme de terror trash, talvez ele te agrade.
INDICAÇÃO:- Melhor Canção Original: Walter Scharf e Don Black.
por Rafael de Castro
Um comentário:
Bem, nunca imaginei um filme sobre um RATO assassino, mas na onda, eu sugiro que veja um sobre um PNEU assassino, "Rubber".
Abraços.
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