É interessante notar como um simples e firme comentário,
opinião ou idéia que escutamos pode acabar influenciando nosso modo de pensar e
agir. É assim que se pode ver o início da história de Dorian Gray.
O jovem e rico Dorian Gray (Hurd Hatfield), de mais ou
menos 22 anos, posava para o retrato que seu amigo Basil (Lowell Gilmore)
estava pintando dele. Em uma das tardes em que Dorian posava conheceu o Lord
Henry (George Sanders), que expressou suas fortes idéias que incentivavam
Dorian a aproveitar plenamente a sua juventude, já que ser jovem se tratava de algo
passageiro. O jovem Gray foi tocado de tal forma pelo que escutou que chegou ao
ponto de dizer que daria até a sua alma para que ele continuasse jovem e o
quadro envelhecesse no lugar dele.
O que ele não esperava é que seu desejo fosse atendido.
Embora não tenha sido dito explicitamente no filme como isso ocorreu, é citado
e exibido com freqüência a estátua de um gato/deus egípcio, que está também no
retrato e que estava presente quando Dorian fez o pedido.
Dorian se apaixonou pela cantora Sybil Vane(Angela
Lansbury) e estava decidido a casar-se com ela. Porém, mais uma vez, deu
ouvidos às idéias do Lord Henry o que o levou a encerrar seu relacionamento com
Sybil de uma forma áspera e o levou também a ficar desacreditado do amor. Foi
aí que ele percebeu a mudança que ocorreu na expressão de seu retrato e se deu
conta que seu pedido tinha sido atendido de forma ainda mais profunda, sua alma
estava no retrato, a idade, os seus pecados, seu interior, tudo passaria a ser
gravado no quadro.
Dorian passou então a viver pelos desejos e prazeres. Logo
pessoas começaram a comentar e criar histórias sobre ele e o mesmo ainda jovem
começou a perceber que talvez não tivesse tanta vantagem em ficar eternamente
jovem. Boas atuações, boa direção, fazem de O Retrato de Dorian Gray um bom
filme pra se incluir na lista de filmes a ver.
INDICAÇÕES (1 vitória):
1. Melhor Atriz Coadjuvante: Angela Lansbury2. Melhor Fotografia PB: Harry Stradling Sr. (venceu)
3. Melhor Direção de Arte PB: Cedric Gibbons, Hans Peters, John Bonar, Hugh Hunt e Edwin B. Willis
por Levi Ventura
Um comentário:
Não consigo compreender bem esse filme, que foge à temática sombria do livro como consegue torná-lo muitíssimo menos interessante. De grandioso aqui, somente a interpretação de Angela Lansbury, lindíssima!
Prefiro a versão de 2010, que traz muito mais da essência filosófica do hedonismo no livro.
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