Quando o assunto é cinema, comigo, não tem “tempo ruim”.
Esse mês foi muito satisfatório, pois pude ver filmes que há muito tempo já
estavam em minha lista e de que até me sentia envergonhado de não tê-los visto,
como: “Os Pássaros” (1963), “Drácula de Bram Stoker” (1992) e “O Sexto Sentido”
(1999).
Antes de falar dos filmes que mais me agradaram, gostaria
de falar um pouco sobre o gênero terror. Pelos filmes analisados, em diversas
épocas, pode-se notar a amplitude que o terror tomou ao longo dos anos, ficando
difícil classificar o gênero do filme visto, que, no decorrer da história, foi
se confundindo com suspense, ficção científica, thriller e outros. Mas o que não podemos deixar de entender é que o
terror de hoje não é o mesmo terror dos anos 30; do que as pessoas tinham medo
em 1930, pode não ser motivo de tensão em 2012; por exemplo, é comum o homem
sentir medo do desconhecido e de algo que nunca viu, então vocês imaginem as
primeiras exibições de “O Médico e o Monstro” (1932)... Hoje, com tanta
tecnologia, mesmo os efeitos sendo visualmente “verídicos”, a maioria do público
sabe que há efeitos especiais, o que acaba de certa forma quebrando a relação
do espectador com o medo que ele poderia sentir. Particularmente gosto muito de
terror, mas acredito que o gênero precisa se reinventar. Quando se fala em
filme de terror, ele fica logo associado a serial killers, carnificina, tortura...
filmes com várias continuações que acabam cansando o espectador com tanta
brutalidade. No gênero terror, quanto menos se repetir melhor.
Falarei um pouco dos filmes que mais me agradaram da nossa
lista de março. A maior de todas as surpresas que tive nesse mês, sem dúvida,
foi “O Médico e o Monstro”, muito bem feito, baseado no clássico da literatura
escrito por Robert Louis Stevenson, conta com a grandiosa atuação de Frederic
March, que é um grande filme que deve ser visto por todos os amantes do cinema.
“A Tara Maldita” (1956), um thriller psicológico que traz a discussão sobre
como pode nascer “o mal” em uma pessoa e a primeira criança da história do
cinema a ser vilã com a belíssima atuação de Patty McCormack, impressionante. “O
Exorcista” (1973), me arrisco a dizer, se trata do maior filme de terror do cinema, com um belíssimo roteiro e “efeitos
especiais” interessantes, grandes atuações que levam o expectador a acreditar
em tudo que é mostrado; o filme foi responsável por uma “nova onda” que
apresenta crianças possuídas pelo demônio como foco principal em um filme.
Outros títulos que não posso deixar de lembrar “A Profecia” (1976), o
intrigante “Os Pássaros”, do grande Hitchcock , o suspense paranormal “O Sexto
Sentido” e o magnífico visual de “Drácula de Bram Stoker”, dirigido por Coppola
, contando também com a bela performance de Gary Oldman.
Por fim, o gênero terror tem uma gama de subdivisões que agradam
aos “gregos e troianos”. Existe todo o tipo de público nesse gênero e o mais
importante é que sentindo medo ou não é sempre bom contemplar um bom filme e
nessa lista tem de sobra.
por Rafael Castro
Quando falamos de um gênero cinematográfico,
principalmente o de terror, é uma confusão só. Hoje em dia está tudo tão
bagunçado que me perco nisso. Muitas vezes vendem um filme como sendo de terror
e na verdade ele se encaixa mais no gênero suspense. E isso já é normal hoje em
dia.
“Terror é aquele que dá medo”. Mentira, muitos suspenses
também causam medo. Um bom exemplo é o filme “O Sexto Sentido”, que é suspense
e consegue botar medo no telespectador como muitos filmes de terror não conseguem.
Por esse motivo e devido à nossa maratona desse mês, acho que desencanei
bastante dessa coisa TERROR/SUSPENSE, pois, como já foi dito, é muita confuso.
Não que não de para separar os gêneros, até porque isso é possível sim, afinal,
cada um deles possui suas próprias características.
Em relação à presença do terror no Oscar, é fácil notar
que a Academia não tem tanto costume de indicar filmes do gênero nas categorias
principais. A maioria acaba recebendo alguma indicação a um prêmio técnico,
como, por exemplo, Melhor Maquiagem. E isso é até normal, pois é fato que a Academia
prefere mais os dramas que qualquer outro tipo gênero cinematográfico. O terror
merece mais destaque nesse tipo de premiação? Acredito que, nesse caso, não é o
gênero que importa, mas sim o filme em si.
Essa maratona foi bem interessante pra mim, porque não
tenho muito costume de conferir filme de terror. Assim como a Academia, também
prefiro os dramas. Quando criança, assistia a bastantes filmes de terror / trash, então ainda tenho que conhecer
algumas coisas do gênero. E nesse mês tive essa oportunidade, conheci filmes
como “A Profecia” (1976) e “O Bebê de Rosemary” (1969), a que nunca tinha
assistido antes.
Foi legal por isso. E também porque saímos da rotina do blog e voltamos todo o mês para um único gênero, e isso sem sair da proposta inicial do UOPM.
por Thiago Paulo
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