quarta-feira, 7 de março de 2012

O Retrato de Dorian Gray (1945)


É interessante notar como um simples e firme comentário, opinião ou idéia que escutamos pode acabar influenciando nosso modo de pensar e agir. É assim que se pode ver o início da história de Dorian Gray.

O jovem e rico Dorian Gray (Hurd Hatfield), de mais ou menos 22 anos, posava para o retrato que seu amigo Basil (Lowell Gilmore) estava pintando dele. Em uma das tardes em que Dorian posava conheceu o Lord Henry (George Sanders), que expressou suas fortes idéias que incentivavam Dorian a aproveitar plenamente a sua juventude, já que ser jovem se tratava de algo passageiro. O jovem Gray foi tocado de tal forma pelo que escutou que chegou ao ponto de dizer que daria até a sua alma para que ele continuasse jovem e o quadro envelhecesse no lugar dele.

O que ele não esperava é que seu desejo fosse atendido. Embora não tenha sido dito explicitamente no filme como isso ocorreu, é citado e exibido com freqüência a estátua de um gato/deus egípcio, que está também no retrato e que estava presente quando Dorian fez o pedido.

Dorian se apaixonou pela cantora Sybil Vane(Angela Lansbury) e estava decidido a casar-se com ela. Porém, mais uma vez, deu ouvidos às idéias do Lord Henry o que o levou a encerrar seu relacionamento com Sybil de uma forma áspera e o levou também a ficar desacreditado do amor. Foi aí que ele percebeu a mudança que ocorreu na expressão de seu retrato e se deu conta que seu pedido tinha sido atendido de forma ainda mais profunda, sua alma estava no retrato, a idade, os seus pecados, seu interior, tudo passaria a ser gravado no quadro.

Dorian passou então a viver pelos desejos e prazeres. Logo pessoas começaram a comentar e criar histórias sobre ele e o mesmo ainda jovem começou a perceber que talvez não tivesse tanta vantagem em ficar eternamente jovem. Boas atuações, boa direção, fazem de O Retrato de Dorian Gray um bom filme pra se incluir na lista de filmes a ver.

INDICAÇÕES (1 vitória):
1. Melhor Atriz Coadjuvante: Angela Lansbury
2. Melhor Fotografia PB: Harry Stradling Sr. (venceu)
3. Melhor Direção de Arte PB: Cedric Gibbons, Hans Peters, John Bonar, Hugh Hunt e Edwin B. Willis

por Levi Ventura

Um comentário:

Luís disse...

Não consigo compreender bem esse filme, que foge à temática sombria do livro como consegue torná-lo muitíssimo menos interessante. De grandioso aqui, somente a interpretação de Angela Lansbury, lindíssima!

Prefiro a versão de 2010, que traz muito mais da essência filosófica do hedonismo no livro.

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