MELHOR ATOR COADJUVANTE
Jim Broadbent: eis o nome do ganhador do Oscar na
categoria Melhor Ator Coadjuvante, numa edição que trazia nomes como Ben
Kingsley e Ian McKellen. Aos 53 anos à época, o premiado ator britânico
levou a melhor pelo seu trabalho em “Íris” (2001), cinebiografia da romancista
e filósofa Íris Murdoch - e que rendeu nomeações a Judi Dench e Kate Winslet. Curiosamente,
Broadbent trabalhou em “O Diário de Bridget Jones” e “Moulin Rouge – Amor em
Vermelho”, filmes que também concorriam aos Academy
Awards.
Os outros indicados foram, além dos já citados Kingsley e
McKellen, Jon Voight e Ethan Hawke. No total, Voight recebeu quatro indicações ao
longo da carreira, sendo uma de coadjuvante por “Ali” e três de Melhor Ator por
“Perdidos na Noite” (1969), “Amargo Regresso” (1978) e “Expresso para o Inferno”
(1985). Papou a estatueta na segunda indicação. Hawke, curiosamente, além da
indicação por Dia de Treinamento, recebeu outra, dois anos depois, como
roteirista, por “Antes do Pôr do Sol” (2004).
Sir Ian McKellen, o homossexual mais
influente do Reino Unido - de acordo com pesquisa recente - recebeu sua segunda
indicação dando vida à Gandalf, em “O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel”.
Já Kingsley era velho conhecido da Academia, que já o tinha agraciado com o
prêmio de Melhor Ator, em 1982, quando deu vida à Mahatma Ghandi no filme “Gandhi”
(1981). Definitivamente, um ano bem concorrido.
por Marcelo Antunes
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Excelentes atrizes formaram o quinteto de indicadas para Melhor
Atriz Coadjuvante. Maggie Smith interpretando a condessa de Trentham em “Assassinato
em Gosford Park”; Helen Mirren vivendo a Sra. Wilson, chefe da criadagem, também
no filme de Altman; Marisa Tomei dando vida a Natalie Strout no drama
independente “Entre Quatro Paredes”; Jennifer Connelly, maravilhosa, como
Alicia Nash em “Uma Mente Brilhante”; e, por fim, Kate Winslet, cheia de
vivacidade na pele de Iris Murdoch jovem em “Íris”.
Tanto Maggie Smith, que já havia vencido um Oscar em 1969
por “A Primavera de uma Solteirona” (1968) quanto Helen Mirren, que venceria
posteriormente (em 2006) na mesma categoria que Smith por “A Rainha”, corriam
por fora nessa briga, pois, apesar das suas boas interpretações, seus papéis
não tinham tanta força se comparadas com as outras concorrentes. Acredito que
isso se deve a quantidade de personagens apresentados na narrativa de mistério
do filme de Robert Altman, não havendo espaço para um maior destaque de qualquer
uma das indicadas.
A sempre belíssima Kate Winslet (vencedora em 2008, pelo
filme “O Leitor”) exala sensualidade em sua personagem. Mais uma vez, sem
pudores em cena, retrata as ideologias e comportamentos de uma escritora à
frente de seu tempo, que foi vencida pelo mal de Alzheimer. A cada filme que
vejo da Kate, posso perceber seu enorme talento e versatilidade como atriz.
Marisa Tomei, experiente, já havia vencido um Oscar, em
1992 por “Meu Primo Vinny”. No longa-metragem de Todd Field, ela interpreta
Natalie Strout, mãe de dois filhos, separada do marido com quem vivia brigando,
e que encontrou refúgio nos braços de um jovem 10 anos mais novo, que, devido
aos ciúmes exagerados do marido, se torna vítima de uma violência desmedida que
leva três personagens (Natalie e os pais do rapaz) à desgraça.
A vencedora da noite foi Jennifer Connelly. A única das
concorrentes que nunca tinha sido indicada ao Oscar. Ela foi formidável,
interpretando Alicia Nash, estando sempre ao lado de seu marido nos piores
momentos de suas vidas; segundo o próprio John Nash em seu discurso quando
recebeu o premio Nobel, Alicia foi a principal responsável por ele estar ali
naquele momento. Esse ano não tinha como a academia não dar esse prêmio a
Jennifer, sua vitória foi inconteste.
por Rafael Castro
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