sábado, 4 de fevereiro de 2012

Oscar 1952 - Degradação Humana / Uma Aventura na África




Filme pouco conhecido no Brasil, Come fill the cup, é estrelado por James Cagney e Gig Young. É a história de um repórter alcoólatra, Lew (James Cagney), que se afunda no próprio vício. A razão para beber é muito simples: celebrar as felicidades da vida. A vida de Lew toma rumos já conhecidos na vida de dependentes: a perda do emprego, o fim do relacionamento, a depressão que só é tragável em inúmeros shots.

Meses depois da época mais degradante da doença, Lew consegue reaver seu emprego. Lá, ele vê uma possibilidade de redenção, ao ficar sabendo que o sobrinho de seu novo chefe, Boyd (Gig Young), está num estágio mais inicial do alcoolismo. Mas ajudar Boyd não é uma tarefa simples, porque ele é marido de Paula (Phyllis Thaxter), por quem Lew sempre foi apaixonado.

A história ganha mais mistério quando surge a figura do gangster Lennie, que está sempre a ameaçar Lew. O assassinato de Lennie no fim do filme mostra que nem sempre sobriedade é sinal de sensatez.

O filme se insere num período da história dos Estados Unidos em que muitos esforços eram tomados para conter o uso de drogas no país. O ano de 1951 terminou com a assinatura do Ato de Boggs, que impunha altas penas àqueles que ousassem usar drogas em território norte-americano. Três décadas antes, o país já vinha sendo taxado por legislações moralistas. Algumas duram até hoje, pois certas cidades pequenas do interior só permitem venda de bebida aos domingos. Mais uma vez, o cinema foi posto como propaganda da ideologia política norte-americana.

INDICAÇÃO:
- Melhor Ator Coadjuvante: Gig Young


por Darlan Nascimento

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Primeira Guerra Mundial, um humilde barco, um casal com pouca coisa em comum e um rio dominado pelo inimigo. Misture todos esses elementos e se tem como resultado “Uma Aventura na África”, dirigido por John Huston.

O ataque do exército alemão à aldeia onde Rose Sayer (Katharine Hepburn) ajudava o seu irmão com serviço missionário resultou algum tempo depois na morte do mesmo. Sem muita esperança Rose aceita o convite de Charlie Allnut (Humphrey Bogart), um velho capitão do pequeno barco The African Queen, de fugir pelo rio em busca de um lugar seguro.

O plano de Charlie era encontrar um lugar escondido pelo rio e ficar em segurança vivendo com os suprimentos que estavam a bordo, porém Rose logo se mostrou determinada e geniosa, tanto que convenceu Charlie a enfrentar corredeiras e trechos perigosos, um forte e um barco inimigo.

Como de costume no meio do caminho e aventuras eles acabam se apaixonando. Porém dizem alguns que o casal não teve nenhuma química. Por sua atuação como Charlie, Bogart levou o prêmio na edição de Melhor Ator.

INDICAÇÕES (1 vitória):
1. Melhor Diretor: John Houston
2. Melhor Ator: Humphrey Bogart (venceu)
3. Melhor Atriz: Katharine Hepburn
4. Melhor Roteiro: James Agee e John Houston


por Levi Ventura

Um comentário:

Luís disse...

Não quero ser chato, mas acho que Hepburn e Bogart são o casal mais absurdamente sem química da história do cinema - dificilmente vi momentos tão embaraçosos quanto o deles, dada a extrema diferença entre eles.
Mas o filme é interessante, apesar disso - nada grandioso como falam, mas interessante apenas.

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