segunda-feira, 7 de junho de 2010

Oscar 2006 - Retratos de Família


Imaginem a seguinte situação: um filme independente é produzido sem grandes pretensões, visando apenas ser visto pelas pessoas e, talvez, conseguir ser enquadrado na categoria de “bom filme”. Ao contrário de suas expectativas, chega às salas onde os membros da Academia conferem o filme e ele acaba consagrado com uma indicação. Pois é praticamente isso que aconteceu com Junebug, cujo título original faz referência à maneira como uma personagem usa para falar sobre a filha que nascerá.

O título nacional, por sua vez, parece mais próximo da abordagem do filme, já que fala sobre a visita de um casal a casa dos pais dele, onde conviverão com a introversão da mãe, o distanciamento do cunhado, a aparente indiferença do pai e a extrema receptividade da cunhada. Em meio a conflitos de personalidade, os personagens revêem memórias, antigos problemas, assuntos mal resolvidos.

Todos os personagens do filme têm destaque no roteiro, mas apenas uma atriz se destaca quanto à interpretação: Amy Adams. De um modo bastante charmoso, a atriz faz com que Ashley se torne o foco dos olhos do espectador. Seus sorrisos espontâneos, seu olhar tenro e o seu jeito desengonçado de querer sempre estar por perto fez com que a Academia também se rendesse aos seus encantos e a indicasse como Melhor Atriz Coadjuvante, sendo essa a única categoria em que o filme concorreu.


PERFIL: Amy Adams

Amy Lou Adams nasceu na Itália, onde o seu pai servia o governo estadunidense. Quando criança, ela chegou a cantar no coral da igreja (foi criada sob a religião mórmon) e também tinha aula de dança, já que seu sonho era ser uma bailarina. Mais tarde, trabalhou na GAP entretendo pessoas e também como recepcionista.

Depois de machucar um tendão, o que a impossibilitou de continuar dançando, Amy conseguiu uma participação num filme e mudou-se para Los Angeles, onde, incentivada por Kirstie Alley, fez testes para uma personagem num outro filme, uma prequel da quinta adaptação de Dangerous Liaisons: Segundas Intenções 2. Depois, conseguiu um papel bem maior no filme Prenda-me Se Puder, no qual contracenou com Leonardo DiCaprio. Ao investir em aparições mal sucedidas na televisão, Amy ficou por quase um ano sem receber convites para trabalho.

No ano de 2005, Amy integrou o elenco de um filme independente – Retratos de Família -, o qual conquistou grande atenção exatamente pela sua participação. Por esse filme, foi indicada a vários prêmios. Tendo atraído a atenção para si, o ano seguinte à sua indicação ao Oscar lhe rendeu mais um bom trabalho: Encantada. Como a princesa Giselle, Amy encantou a muitas pessoas e também encantou ao Globo de Ouro, que lhe indicou como Melhor Atriz em Comédia/Musical. Nos anos subseqüentes – 2007 e 2008 –, respectivamente, Amy participou de Jogos do Poder e A Vida Num Só Dia, outro filme independente. Ainda em 2008, Amy fez Dúvida, onde interpretou Irmã James e, mais uma vez, foi indicada ao Oscar como Melhor Atriz Coadjuvante (em 2009), juntamente com sua colega de elenco Viola Davis. Na comédia Uma Noite no Museu 2, Amy interpretou a verídica Amélia Earheart, a primeira mulher a cruzar o oceano atlântico num avião. Nesse ano, Amy está no elenco de mais dois filme, que ainda não foram lançados no Brasil: The Fighter e Leap Year.


CURIOSIDADES:
- Os quadros exibidos no filme como sendo de autoria do personagem David Wark são na verdade da artista Ann Wood.

- Retratos de Família recebeu 16 prêmios e foi indicado a outros 11 prêmios.

- Amy Adams recebeu 11 prêmios por sua atuação nesse filme e muitos críticos dizem que o Oscar de 2006 deveria ter sido seu em vez de ir parar nas mãos de Rachel Wiesz em O Jardineiro Fiel.

INDICAÇÃO:
- Melhor Atriz Coadjuvante (Amy Adams)

2 comentários:

Davi Coelho disse...

Muito bacana as informações que você juntou pro post, Luís. Ficou ótimo.
A Amy Adams tem uma meiguice que fica incrível pros personagens dela. Vá lá a princesinha de Encantada e a freira errante de Dúvida.
Queria vê-la num personagem explosivo, degenerado... pra ver se ela se sai igualmente bem.
Não vi Retratos de Família (aliás, esse título parece novela do Maneco :P), mas vou procurar, graças a essa postagem.

Parabéns pelo capricho, pessoal.
Té mais :)

Thiago Paulo disse...

O que me agrada nesse filme, são os personagens, principalmente o da Amy Adams. Não é um filme maravilhoso, mas considero como favorito... Filme independentes, tipo esse, me conquistam!

Aliás, adoro quando esse tipo de filme acaba sendo indicado em alguma categoria do oscar.

Abraço!

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